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URBANISMO
Com a debandada das indústrias, eixo ferroviário que liga Santo André a Osasco cedeu lugar a favela e ruínas
Área comercial vira "fantasma" nos anos 80
DA REPORTAGEM LOCAL
Remanescente de um período
industrial, a área delimitada para
o Bairro Novo -um corredor
que vai de Santo André a Osasco,
ao longo de um eixo ferroviário-
começou a se esvaziar na década
de 80, com a saída das indústrias
que ocupavam os terrenos.
"Esse corredor comercial ferroviário se intensificou na década de
50. A partir de 80, começou a passar por uma transformação. A herança cultural desse passado são
as glebas subutilizadas, os depósitos, o moinho que virou uma favela, as indústrias Matarazzo que
ficaram abandonadas durante
muito tempo, ou seja, terrenos
inutilizados, ociosos e construções em ruínas", explica o arquiteto Kazuo Nakano, pesquisador
do Instituto Pólis.
Na opinião do arquiteto, propostas bem sucedidas de aproveitamento desse eixo, que consigam
recolocar a vida urbana em uma
região mal aproveitada, podem
ser implementadas em outras
áreas com o mesmo perfil.
No caso dos terrenos abrangidos no concurso Bairro Novo,
uma série de casos isolados acabou por mantê-los subutilizados,
afirma o secretário do Planejamento, Jorge Wilheim.
A área pertencente hoje à Telefônica, uma das maiores glebas do
conjunto, era propriedade do governo federal e foi repassada para
a Telesp. Com a privatização, passou para a Telefônica.
Do terreno da prefeitura, parte é
utilizada como um pátio pela CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) e parte é emprestada a times de futebol para treino. "Tem
ainda a área do governo federal e
o que é conhecido como gleba
Pompéia, que pertencia à família
Vilares e ficou parado por causa
de divisões feitas entre os herdeiros", diz o secretário.
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