São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Projeto não tem viés eleitoreiro, afirma Crivella

DA SUCURSAL DO RIO

O senador Marcelo Crivella (PRB), pré-candidato a prefeito do Rio, afirmou lamentar que as obras tenham sido paralisadas em razão da "contaminação do debate" provocada pela proximidade da eleição.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem no Rio que, com o embargo determinado pela Justiça Eleitoral, torna-se desnecessária a presença do Exército na favela.
Em nota, Crivella disse que as obras no morro da Providência "foram propostas ao presidente Lula em maio de 2007, mais de um ano atrás", e iniciadas sete meses depois. Ele reclamou da decisão da Justiça, embora diga que a acata e respeita.
"Lamento, no entanto, que obra tão importante para a melhoria das condições de vida de 782 famílias tenha sido paralisada, por causa da contaminação do debate político provocada pela proximidade da disputa eleitoral", disse.
Na nota, o senador nega "qualquer conotação eleitoreira" do projeto. Diz que pretende ver o Cimento Social "transformado em lei, conforme o projeto de número 541/ 2007", que apresentou ao Senado em setembro.
"O projeto estende os benefícios do Cimento Social a todas as áreas de risco das grandes cidades brasileiras", afirma.

Defesa
O ministro Jobim foi à tarde ao Tribunal Regional Federal (TRF) no Rio para se reunir com o presidente do órgão, Castro Aguiar, autor da decisão que restringia a presença da Força a uma rua do morro. A intenção foi ter a autorização expressa de Aguiar para a retirada, tendo em vista a ordem da Justiça Eleitoral, para não ser depois acusado de descumprir decisão anterior.
Ele não comentou a ordem da Justiça Eleitoral.
Em nota, o Centro de Comunicação do Exército disse que, com a decisão, a presença de militares no local é desnecessária. "As atividades relacionadas à segurança do canteiro de obras, do pessoal e do material deixaram de ser necessárias, resultando na saída de todo o pessoal militar da área."


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