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Para mulher carioca, sono é mais importante para a qualidade de vida que sexo
ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO
As mulheres cariocas, ao
apontar itens que definem a
qualidade de vida, valorizam
mais as horas de sono e os
exercícios físicos do que o sexo. Já para os homens que vivem no Rio, o sexo só perde
para "alimentação saudável".
As mineiras valorizam mais
as relação sexual do que os
exercícios físicos. Mas o sexo
também fica atrás de itens como "qualidade do sono" e
"trabalhar no que gosta".
A conclusão faz parte de
uma pesquisa sobre o comportamento sexual dos brasileiros, realizada por Carmita
Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP. O levantamento teve patrocínio
do laboratório Pfizer, que
produz o Viagra (medicamento contra a impotência).
Na primeira fase da pesquisa, cujos resultados foram
apresentados ontem, 1.715 cariocas e mineiros, homens e
mulheres com mais de 18
anos, responderam sobre afetividade e desempenho sexual. O estudo ainda será feito
em mais oito capitais brasileiras-incluindo SP.
Em Belo Horizonte os homens valorizam mais o sexo
do que as mulheres ao definir
qualidade de vida. É o terceiro item citado pelos mineiros,
depois de alimentação saudável e tempo com a família.
"Esse resultado pode ser
considerado surpreendente
até certo ponto. Tradicionalmente, pesquisas mostram
que homens valorizam mais o
sexo do que mulheres. Eles
colocam o sexo como prioridade da vida", afirmou Abdo,
que também atua no Instituto de Psiquiatra do HC de SP.
Apesar de afirmarem que
dormir bem e malhar são
mais importantes do que fazer sexo, 78,5% das cariocas
dizem ter uma vida sexual
"excelente" ou "boa".
Entre os homens cariocas,
o resultado é de 77,9%. Em
Belo Horizonte, 75,5% das
mulheres disseram ter vida
sexual "excelente" ou "boa"-
entre os homens, o índice é de
82,8%.
Outra conclusão refere-se à
iniciação sexual: quase 90%
das mulheres, no Rio e em
BH, afirmam que tiveram a
"primeira vez" com o namorado. Entre os homens, o percentual é menor: quase 35%.
"As mulheres têm a primeira vez com o namorado, mas
há mudanças. Por exemplo,
quanto à distinção entre vida
sexual e afetiva. Os homens
estão menos sectários
[acham que os dois aspectos
estão relacionados]. E as mulheres começam a ir na direção contrária, separando a vida sexual da afetiva."
Indagadas se a realização
na vida afetiva e sexual são situações distintas, 53,4% das
mulheres no Rio e 55,9% em
BH disseram "sim". Entre os
homens, foram 61,4% e
63,2%, respectivamente.
No Rio, os homens afirmam transar 3,3 vezes por semana -mas gostariam de 7,8
vezes. As mulheres disseram
ter 2,3 relações -e desejariam 4,5. Os mineiros gostariam de oito vezes na semana;
as mineiras, cinco -o dobro
do que afirmam ter.
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