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Governo altera decreto que gerou greve de professores
Mudanças flexibilizam possibilidades de substituição, remoção e efetivação
Sindicato da categoria informou que votará em assembléia, na sexta, se aceitará as mudanças e se encerrará a paralisação
CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Secretaria de Estado da
Educação publica hoje, no
"Diário Oficial", três alterações
no decreto que causou a greve
dos professores. A Apeoesp
(sindicato da categoria) informou que votará em assembléia,
na sexta, se aceitará as mudanças e se encerrará a paralisação.
Um decreto do governador
José Serra (PSDB), publicado
em 28 de maio, limitou as possibilidades de transferência e
instituiu uma prova para a classificação de professores temporários na escolha das classes.
Antes, o critério era por pontos
adquiridos por experiência.
Na quinta-feira passada, após
quatro dias de greve, a secretaria reuniu os sindicatos e ouviu
os pedidos de alterações, que
foram apresentadas ontem:
quem faltar até 12 dias por ano
pode pedir substituição (antes
eram dez); professores que tirarem qualquer licença também terão o direito de tentar
uma remoção (no decreto, só as
licenças por maternidade eram
aceitas); o prazo de três anos de
efetivação para solicitar a mudança de escola só será exigido
de quem entrar na rede após a
publicação do decreto.
O presidente da Apeoesp,
Carlos Ramiro, diz que as alterações foram "pequenas": "O
que eles mudaram é o de menos". Na opinião dele, a greve
deve continuar. "Os professores querem a efetivação dos 100
mil [professores] temporários
[40% do total]. Pega a prova e já
efetiva quem se classificar."
Reajuste
O governo enviará hoje à Assembléia Legislativa a proposta
de reajuste do piso salarial de
5,4% mais a incorporação de
uma gratificação de R$ 80. Os
professores, que não têm reajuste desde 2005, pedem 45%.
Segundo a Apeoesp, 70% das
escolas aderiram, mesmo que
parcialmente, à greve. Para a
secretaria, só 2% dos professores pararam.
A Folha visitou 14 escolas
ontem: uma estava em greve
total e cinco, parcial.
Colaborou CRISTINA MORENO DE CASTRO
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