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Itamambuca não é o rio mais poluído do litoral norte de SP
Média é de 970 coliformes por 100 ml de água e não 97 mil, como informou reportagem
No litoral norte de SP, o rio com a maior concentração de bactérias nocivas é o Taveira, em Ubatuba; o Itamambuca é apenas o 18º
DA REPORTAGEM LOCAL
O rio Itamambuca, em Ubatuba (SP), não é o primeiro curso d'água em concentração de
bactérias nocivas do litoral norte de São Paulo, como informou
erroneamente a Folha na edição de segunda-feira. Entre todos os pontos analisados pela
Cetesb -há rios com mais de
um local de amostragem-, o
Itamambuca está em 18º.
A classificação é feita com
base nos coliformes termotolerantes, um microrganismo que
serve de indicador da presença
de agentes transmissores de
doenças veiculadas através do
contato com água contaminada, como cólera e diarréia.
O Itamambuca tinha, no ano
passado, a média de 970 coliformes termotolerantes por
100 ml de água, segundo medições da Cetesb, e não 97 mil,
como informava o texto. O índice representa o dobro da média dos dez anos anteriores.
As amostras foram coletadas
em um ponto do rio perto do
condomínio Itamambuca, costa norte de Ubatuba (224 km
de SP). Segundo a Cetesb, a
média anual de concentração
de coliformes termotolerantes
encontrada em Itamambuca
mostra que o rio "está dentro
dos padrões legais de qualidade
para cursos d'água de classe 2".
Estão incluídos nessa classificação, do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente),
aqueles rios que podem fornecer água para o abastecimento
público com tratamento considerado convencional.
No litoral norte de São Paulo,
o rio mais poluído por esse critério é o Taveira, em Ubatuba,
com uma concentração de 26
mil coliformes tolerantes por
amostra de 100 ml. O Taveira é
seguido por dois rios de Ilhabela, que dependem de mananciais superficiais para o abastecimento: o Nossa Senhora da
Ajuda e o Quilombo, com 12
mil coliformes termotolerantes por 100 ml de amostra.
No ranking, eles são seguidos
pelos rios Perequê-Mirim, com
11 mil coliformes por 100 ml, e
Acaraú, em Ubatuba, com o índice de 6.700 bactérias.
Outro rio com índice alto é o
Santo Antonio, no Indaiá, em
Caraguatatuba (173 km de SP),
com 6.400 coliformes/100 ml.
Entre os rios que chegam às
praias mais conhecidas do litoral norte, o que está em pior
condição é o Lagoa, que deságua na Frecheiras, em Caraguatatuba, com a média de
4.000 coliformes/100 ml.
O Massaguaçu, na mesma cidade, atingiu em 2007 o índice
de 3.400 coliformes por 100
ml. O Lagoinha, em Ubatuba,
chegou a 3.200/100.
Em São Sebastião, os piores
graus de contaminação estão
nos rios Paúba (1.400/100 ml)
e Maresias (1.200/100 ml).
Os dados constam do "Relatório de Águas Interiores/
2007", divulgado há duas semanas pela Cetesb, com informações sobre a situação dos
rios de todo o Estado.
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