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Polícia transfere dez do PCC, mas líder fica em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia transferiu ontem da
capital paulista para o presídio de
segurança máxima de Presidente
Bernardes (589 km de SP) 10 dos
15 integrantes do PCC (Primeiro
Comando da Capital) presos na
última quinta durante a maior
operação contra a facção criminosa já deflagrada no Estado. Na
operação, 18 pessoas foram presas
-três advogados- e 32 centrais
telefônicas foram fechadas.
Entre os transferidos ontem estão dois dos mais conhecidos
membros da organização: José
Márcio Felício, o Geleião, e César
Augusto Roris da Silva, o Cesinha.
Para evitar ataques ao comboio, a
transferência mobilizou dez carros, um helicóptero e 50 homens
-20 dos quais acompanharam
os detentos em um vôo fretado.
No Deic (Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado) ficaram cinco
detentos do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o
Marcola, um dos fundadores da
facção e apontado hoje pela polícia como seu principal líder.
O delegado Antonio de Olim,
responsável pela transferência,
disse que Marcola e os outros detentos não foram transferidos
porque ainda têm de prestar depoimento. A expectativa é de que
sigam ao interior esta semana.
Os presos deixaram o prédio do
Deic, na zona norte da capital, às
7h30, chegaram ao aeroporto de
Congonhas às 7h50 e desembarcaram em Presidente Bernardes
às 9h40. No avião, os presos seguiram algemados, com as mãos para trás. Com eles, o presídio
-único com bloqueadores que
impedem a comunicação por telefone celular no Estado- passa a
ter 69 internos.
O delegado Carlos Alberto Delair disse que os presidiários estavam informados de que seguiam
para o sistema carcerário, "onde é
a casa deles".
(CHICO DE GOIS)
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