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Rebelião no AM deixa pelo menos 13 mortos
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Pelo menos 12 detentos e um
agente carcerário morreram ontem durante rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim,
em Manaus (AM). O motim, que
começou por volta das 6h, somente foi controlado às 17h (horário local, 18h em Brasília).
Durante as 11 horas de motim,
seis agentes permaneceram reféns dos presos. Eles foram libertados sem ferimentos, logo após a
Polícia Militar ter garantido aos
rebelados que homens do Batalhão Especial de Ações Táticas e
da tropa de choque não iriam invadir as celas do complexo.
Em busca de armas, 60 PMs fariam ainda ontem à noite a operação varredura no presídio.
Segundo o secretário estadual
de Justiça e Cidadania, Félix Valois, o líder da rebelião é Elgo Jobel, recém-transferido do Paraná
e que seria ligado à organização
criminosa paulista PCC (Primeiro
Comando da Capital).
Em busca de informações, cerca
de 60 mulheres de presos estavam
desde cedo na frente do presídio,
que fica no km 8 da BR-174, a 30
km do centro de Manaus. Muitas
se desesperaram quando, por volta das 15h30, vários carros da Polícia Militar e do IML (Instituto
Médico Legal) entraram no local.
"É uma rebelião sangrenta", afirmou o secretário Valois.
Os cerca de 400 presos se rebelaram durante a distribuição do café da manhã. A morte do detento
André Pereira de Oliveira, 30, teria motivado a rebelião. Oliveira,
segundo os presos, teria sido espancado até a morte por agentes
penitenciários na manhã de sexta.
Até o início da noite de ontem,
apenas o corpo de Oliveira e do
agente José Valente Gama tinham
chegado ao IML. De acordo com
o IML, Oliveira morreu devido a
anemia aguda, hemorragia interna e laceração hepática.
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