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Controladoria aponta irregularidades em gastos com segurança no Maranhão
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Auditoria da CGE (Controladoria Geral do Estado) do Maranhão identificou irregularidades na gestão dos recursos da
Secretaria da Segurança Cidadã em 2007, o primeiro ano da
secretária Eurídice Vidigal no
comando da pasta.
O relatório da auditoria
aponta problemas como dispensa irregular de licitação, locação de helicóptero para policiamento sem cobertura de
contrato, compra de bens e serviços emergenciais no valor de
R$ 6,29 milhões sem caracterizar estado de calamidade e realização de R$ 355,9 mil em despesas de alimentação sem apresentação de nota fiscal.
Anteontem, o delegado Jefferson Portela foi exonerado do
posto de delegado-geral do Estado pelo governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT),
após ter criticado a gestão financeira da secretaria.
Portela disse que não concordava com a prioridade dada pela secretária à contratação de
consultorias privadas de gestão. Muitas desses contratos foram feitos sem licitação.
A saída do delegado-geral
agravou a crise na segurança
pública no Estado. Suas declarações foram feitas após moradores de Igarapé do Meio (250
km de São Luís) terem depredado prédios públicos da cidade no domingo em protesto
contra a morte de uma menina
de nove anos, atingida por um
tiro disparado por um PM.
A auditoria da CGE analisou,
por amostragem, despesas com
compra de bens e contratação
de serviços em 2007.
O relatório foi enviado ao Ministério Público Estadual, que
instaurou inquérito para apurar o caso.
O relatório da CGE, concluído em março, apontou também
variação de preços de até 353%
na compra de itens como pneus
e baterias, pagamentos de
R$ 8,08 milhões feitos sem licitação e sem contrato e despesas
de R$ 313,6 mil com aquisição
de combustível e manutenção
de veículos sem licitação.
A secretária Eurídice Vidigal
(Segurança Cidadã) informou,
por meio da assessoria do governo, que o relatório da Controladoria Geral do Estado é
preliminar e que a pasta já
apresentou defesa ao órgão.
A secretaria não detalhou os
argumentos usados na defesa.
Vidigal disse ainda que a secretaria defende a "apuração
correta dos fatos, tarefa que está sendo feita pelos órgãos
competentes, incluindo a Corregedoria Geral do Estado e o
Ministério Público".
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