|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professora relata
preconceito na
adolescência
DA REPORTAGEM LOCAL
Bolinhas ásperas pelo corpo,
coceira, feridas nas pernas, nos
braços e nas mãos. Apelidos jocosos, médicos, cortizonas,
simpatias e hospitais. E dezenas e dezenas de perguntas se
havia tomado sol demais, sem
proteção, no rosto.
Essas referências, todas ligadas à dermatite atópica, constam no diário que professora
Mirian Vasconcellos escreveu
na adolescência. Também aparecem nos contos que escreve
na vida adulta.
"Foi um período difícil, de
muito choro, tristeza e preconceito. Especialmente porque a
dermatite estava na cara. Não
dava para esconder. As pessoas
achavam que era contagioso",
lembra Mirian.
Para piorar, em razão das coceiras incessantes na região dos
olhos, ela teve um problema visual agravado e precisou fazer
um transplante de córnea.
Hoje, casada e mãe de dois filhos, Mirian diz que ter superado a doença, apesar das limitações que a dermatite ainda lhe
impõe, como a impossibilidade
de usar maquiagem.
"A atopia apenas faz parte de
mim. Eu não sou a atopia. Hoje
sou bem resolvida", costuma
repetir. Essa lição que ela tenta
ensinar ao filho caçula, Leonardo, 12, que herdou a doença da
mãe.
(CC)
Texto Anterior: Saúde: Dermatite atópica tem novo tratamento Próximo Texto: Uma forma da doença, assadura atinge 1 de 4 bebês Índice
|