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Participantes só
obtêm detalhes
na hora de invadir
DA REPORTAGEM LOCAL
A invasão simultânea de
quatro prédios (seriam seis,
mas, em dois casos, a PM
barrou) começou a ser preparada há seis meses.
A organização envolve a
escolha dos imóveis e a preparação dos sem-teto nos 45
grupos de base. Eles só sabem na hora, quando já estão dentro dos ônibus, quais
serão os alvos da invasão.
Tudo para evitar vazamento
de informações e frustração
do movimento.
O MSTC (Movimento dos
Sem-Teto do Centro) surgiu
em 2000, após a ocupação de
um hospital na zona leste,
como uma dissidência do
Fórum dos Cortiços.
O movimento, embora seja filiado à União dos Movimentos de Moradia, principal entidade do setor e que
organizou a invasão de 6.100
sem-teto em 1999, não concorda com as diretrizes
atuais dela. O MSTC teve a
ajuda de 11 grupos na ocupação, mas não da UMM.
Antes da mobilização da
última semana, havia 457 famílias ligadas ao MSTC em
quatro edifícios do centro. A
entidade estima que 12 mil
famílias estejam no movimento, mas somente 2.500
são ativas. Podem participar
os moradores de cortiços, de
favelas, trabalhadores que
moram de aluguel, que vivem de favor ou em casa de
parentes e com renda de até
dez salários mínimos.
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