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Motoristas de caminhões de lixo prometem greve devido a multas
DA REPORTAGEM LOCAL
Motoristas dos caminhões
que fazem a coleta de lixo em
São Paulo prometem parar os
serviços caso sejam multados
por conta das restrições de circulação que começam a valer a
partir de segunda-feira.
As empresas responsáveis
pela coleta do lixo domiciliar e
pelo produto de varrição de
ruas dizem que é preciso trabalhar no horário de restrição especial para o setor, entre 16h e
21h. Sindicatos dos motoristas
e dos empresários enviaram
nesta semana ofícios à CET e a
autoridades da prefeitura alertando para o problema.
Eles dizem que até o final da
tarde de ontem não haviam recebido nenhuma resposta oficial. "Se os motoristas forem
multados, vamos parar os serviços, vamos deixar de recolher
o lixo", afirmou Francisco Demontiê, presidente do Steriiisp,
sindicato da categoria.
"Se mantivermos os horários
atuais de trabalho, os motoristas dos caminhões vão perder a
carteira em menos de três dias.
E a carteira é nossa principal
ferramenta de trabalho", disse.
Presidente do Selur, sindicato que representa as empresas
de limpeza urbana em São Paulo, Ariovaldo Caodaglio afirma
que a restrição do horário obrigará os empresários a aumentar sua frota para dar conta da
coleta. Além disso, alega Caodaglio, o lixo passará a ficar
mais tempo exposto na rua, trazendo prejuízos à população.
"Para chegarem aos seus destinos de coleta, os caminhões
precisam circular no horário de
restrição", disse o presidente
do Selur. Segundo o sindicato, a
frota utilizada no setor de limpeza urbana do município é de
cerca de 480 caminhões.
A CET diz ter negociado os
horários com as empresas.
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