São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Motoristas de caminhões de lixo prometem greve devido a multas

DA REPORTAGEM LOCAL

Motoristas dos caminhões que fazem a coleta de lixo em São Paulo prometem parar os serviços caso sejam multados por conta das restrições de circulação que começam a valer a partir de segunda-feira.
As empresas responsáveis pela coleta do lixo domiciliar e pelo produto de varrição de ruas dizem que é preciso trabalhar no horário de restrição especial para o setor, entre 16h e 21h. Sindicatos dos motoristas e dos empresários enviaram nesta semana ofícios à CET e a autoridades da prefeitura alertando para o problema.
Eles dizem que até o final da tarde de ontem não haviam recebido nenhuma resposta oficial. "Se os motoristas forem multados, vamos parar os serviços, vamos deixar de recolher o lixo", afirmou Francisco Demontiê, presidente do Steriiisp, sindicato da categoria.
"Se mantivermos os horários atuais de trabalho, os motoristas dos caminhões vão perder a carteira em menos de três dias. E a carteira é nossa principal ferramenta de trabalho", disse.
Presidente do Selur, sindicato que representa as empresas de limpeza urbana em São Paulo, Ariovaldo Caodaglio afirma que a restrição do horário obrigará os empresários a aumentar sua frota para dar conta da coleta. Além disso, alega Caodaglio, o lixo passará a ficar mais tempo exposto na rua, trazendo prejuízos à população.
"Para chegarem aos seus destinos de coleta, os caminhões precisam circular no horário de restrição", disse o presidente do Selur. Segundo o sindicato, a frota utilizada no setor de limpeza urbana do município é de cerca de 480 caminhões.
A CET diz ter negociado os horários com as empresas.


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