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Aquário no Ipiranga reabre com tanque gigante e tubarões
Reabertura será em 4 de julho; além de tubarões-lixa, tanque de 1 milhão de litros, com água salgada, terá arraias e cardumes
Aquário funcionava desde 2006 só com peixes de água doce e está fechado há 15 dias; agora, terá o maior oceanário do continente, dizem donos
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um tanque com 1 milhão de
litros de água salgada, por onde
nadam tubarões, arraias e cardumes de diferentes espécies,
será a principal atração do
Aquário de São Paulo, que reabrirá em 4 de julho.
No aquário gigante, localizado em uma cabine subaquática,
um par de tubarões-lixa nada
por cima da cabeça dos visitantes. Atrás deles, nadam cardumes que tentam fugir de um
possível ataque de fome. Uma
réplica de um submarino foi
feita para dar a sensação de que
se está debaixo d'água.
Localizado no Ipiranga (zona
sul de São Paulo), o aquário
funcionava desde 2006, mas
abrigava apenas espécies de
água doce.
O local fechou as portas há 15
dias para o término das obras
do novo espaço, com habitat
marinho. Com isso, tornou-se o
maior oceanário da América do
Sul, de acordo com os donos.
O antigo espaço de 2.000 metros quadrados passou para
5.000 metros quadrados e ganhou novas 200 espécies, 15 delas apenas no aquário gigante.
Os dois ambientes foram organizados de forma integrada
para que o visitante possa observar a transição entre os dois
habitats, explica o biólogo do
local, Rafael Gutierrez.
Logo que entra, o visitante
passa pelos tanques com espécies de água doce -onde estão
peixes como lambaris, ciclídeos
americanos e répteis, como um
par de filhotes de jacarés albinos, que sofreram uma mutação genética e perderam a pigmentação da pele.
Outra atração desta área são
os ratões do banhado, que podiam ser encontrados às margens dos rios Tietê e Pinheiros,
antes da urbanização da cidade
e da poluição das águas.
Na nova parte, um mangue
cenográfico foi montado para
abrigar siris, caranguejos e cavalos-marinhos, "que estão no
espaço porque se reproduzem
em manguezais", explica o biólogo. Tanques com peixes de
água salgada também abrigam
moréias e ouriços-do-mar.
Para a construção do aquário
gigante, explica Gutierrez, foi
preciso importar tecnologia do
exterior, pois não havia no Brasil empresas que fabricassem
os acrílicos de quase 15 centímetros de espessura necessários para comportar tamanha
quantidade de água. "Se fossem
vidros, poderiam estourar", diz.
Oito pingüins também fazem
parte das novas atrações. Eles
ficarão na área reservada para a
ambientação do pólo Sul. Neste
local também foi montada uma
réplica da estação polar de pesquisas do Brasil, para que os visitantes conheçam o ambiente
onde trabalham os pesquisadores, de acordo com o biólogo.
A proposta do aquário é
conscientizar as crianças e os
adultos que passam pelo local
da importância da conservação
ambiental, contam os organizadores. "Todo o trajeto é acompanhado por monitores que
mostram que o homem e a natureza devem conviver em harmonia", diz Gutierrez.
Para passar a mensagem para
as crianças, haverá um cinema
em 3D, que mostrará desenhos
animados que falam sobre o
ambiente. A programação deverá mudar periodicamente.
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