São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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FOCO

Morador silencia sino de igreja e vira "persona non grata" da cidade

FELIPE BÄCHTOLD
ENVIADO A NOVA PETRÓPOLIS (RS)

O sino de uma igreja luterana transformou o técnico em manutenção hospitalar Walter Ricardo Freese, 46, em "persona non grata" na cidade onde mora, Nova Petrópolis, na serra gaúcha.
O motivo: incomodado com o barulho, ele conseguiu que o instrumento parasse de tocar de manhã cedo. A ação revoltou moradores, e a Câmara aprovou, por unanimidade, moção de repúdio a Freese. Um dos motivos alegados é que ele tomou a medida apesar de "residir há pouco tempo na cidade".
Após audiência de conciliação na Justiça, ficou decidida uma redução por duas semanas dos toques, mas a tradição já foi retomada.
Freese diz que é vítima de preconceito da comunidade de descendentes alemães. Vindo de Porto Alegre, ele mora na cidade de 19 mil habitantes desde o fim de 2010.
As correntes pró-sino e contra a tradição fizeram abaixo-assinados. Foram 6.000 assinaturas de quem não se importa com o barulho e só 44 de incomodados.
"Em um dia, dá em torno de 670 badaladas. Se houver anúncio de morte e de casamento, vai a mil", diz Freese.
Autor da iniciativa de repúdio, o vereador Jerônimo Stahl Pinto (PDT), 30, diz que se indignou pela falta de diálogo antes da ação na Justiça. "Se ele fosse da cidade, a comunidade não iria ficar tão desagradada."
A igreja diz que não teve relação com a moção e que nunca teve problemas com pessoas de outras cidades.


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