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Rua vizinha à rodovia Fernão Dias vira rota para retorno de caminhões
DA REPORTAGEM LOCAL
Caminhões e carretas não
dão trégua à rua Ana do Sacramento Andrade, vizinha à rodovia Fernão Dias, no Tremembé (zona norte), desde
que, há oito anos, uma alça de
retorno à estrada no km 79,5
(sentido MG-SP) deixou de ser
construída pelo Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes).
Sem a alça, 1,6 km de três
vias do bairro virou rota oficial
para os veículos de carga retornarem à rodovia -as outras
duas são a avenida Cel. Sezefredo Fagundes e a rua Pedro
Castilho. O local fica a menos
de 10 km do terminal de cargas
da Fernão Dias.
Em fevereiro, a rodovia foi
privatizada. Porém, seu PER
(Programa de Exploração da
Rodovia), que prevê as melhorias que a concessionária OHL
terá de fazer, não contempla a
conclusão do retorno.
O Dnit considera a obra
"concluída". Afirma que, embora alças de acesso estivessem previstas no projeto original, houve uma alteração, já na
fase de obras, que tornaria a
construção "inviável".
Todos os dias, cerca de 1.100
alunos de sete a 18 anos da escola estadual Philomena Baylão dividem a pista com caminhões e carretas.
Além dos acidentes freqüentes, os moradores reclamam de problemas respiratórios agravados pela fumaça
dos caminhões, de rachaduras
nas casas e do barulho.
A Folha esteve no local e
observou em uma hora que
passa mais de um caminhão
por minuto na rua. A rota agride a lei de zoneamento, que
classifica o local como "estritamente residencial".
Em oito anos, os moradores
colheram mais de 300 assinaturas e enviaram queixas ao
Dnit, à prefeitura e à OHL.
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