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Cesar Maia é o segundo entre os nove avaliados
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
Desde que Cesar Maia
(PFL) assumiu, em janeiro
de 2001, essa é a sua melhor
avaliação na pesquisa Datafolha. Com seis meses de governo, ele era aprovado por
28% dos cariocas. Em dezembro de 2001, a taxa oscilou para 27%. Em dezembro
de 2002, subiu para 33%.
Segundo Maia, a comparação de seu governo com os
do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e da governadora Rosinha Matheus
(PMDB) explica em parte o
bom desempenho. "As administrações federal e estadual pararam, a crise econômica foi profunda, mas a
prefeitura continuou operando no mesmo ritmo e velocidade", disse ele, que afirma ter R$ 750 milhões para
investimentos.
O prefeito diz ter sido beneficiado pelo que chama de
política de defesa do funcionalismo. Reajustou os salários dos servidores em 10%,
pagou o 13º salário em dia e,
por decreto, não adotou as
mudanças na Previdência,
como a taxação de inativos,
aprovadas no Congresso
-obtendo apoio de 85%
dos servidores, segundo enquete feita pela prefeitura.
O investimento em marketing também ajudou. O ano
de 2003 foi o de maior exposição dele na mídia. Desde
janeiro, a prefeitura mantém
diariamente inserções de 30
segundos em TV e rádio. Em
outubro, os 20 minutos do
programa do PFL foram dedicados à gestão do prefeito,
assim como as inserções
partidárias.
"O valor [de publicidade
da prefeitura] para este ano é
de R$ 3 milhões. A Prefeitura
de São Paulo vai gastar R$ 40
milhões", compara Maia.
O prefeito também aproveita a escolha do Rio como
sede do Pan-2007. Tem
construído estádios e vilas
olímpicas e direciona sua
administração para grandes
obras temáticas, como as cidades do Samba, da Música
e das Crianças e o Centro de
Tradições Nordestinas.
Só em obras a prefeitura
gastou, segundo Maia, R$ 1,3
bilhão em 2003 -grande
parte na zona oeste, reduto
de 25% do eleitorado.
"Cesar Maia faz um governo de espetáculo. São os Jogos Pan-americanos, o Rio
Cidade", disse o líder do PT
na Câmara dos Vereadores,
Edson Santos. "Uma questão que solta aos olhos é o
abandono das creches. Não
há investimentos, falta alimentos para as crianças e o
pagamento dos funcionários
está atrasado." A prefeitura
nega a acusação.
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