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Reajuste de 31,52% será parcelado em duas vezes, conforme acordo do governo com concessionárias de estradas
Pedágio aumenta 23,6% a partir do dia 1º
DA REPORTAGEM LOCAL
Os preços dos pedágios nas rodovias paulistas serão reajustados
em duas parcelas neste ano, segundo acordo entre concessionárias e o governo estadual. A partir
da próxima terça-feira, a tarifa cobrada ficará 23,64% mais cara.
Em 1º de janeiro do ano que
vem, daqui a seis meses, será aplicada ainda correção de 6,37%, totalizando aumento de 31,52%.
O índice final corresponde ao
IGP-M (Índice Geral de Preços de
Mercado) nos últimos 12 meses,
entre julho de 2002 e junho deste
ano. Julho é data-base contratual
para o repasse da correção.
"Entendemos que esta foi a forma, sem comprometer a previsão
de investimentos e serviços prestados pelas concessionárias, de
tornar menos impactante o aumento para a sociedade", disse
ontem o diretor-geral da Artesp
(Agência Reguladora de Serviços
Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), Sílvio
Minciotti, ao anunciar o acordo.
Com a primeira parcela do aumento, o maior valor cobrado no
sistema Anchieta-Imigrantes, que
era de R$ 9,60, será de R$ 11,80 a
partir da meia-noite do dia 1º (veja arte nesta página).
No início das negociações, o governo tentou reduzir a correção,
abaixo do acumulado pelo IGP-M, mas não houve acordo. Segundo a Artesp, as empresas realizaram as principais obras nos cinco
primeiros anos de contrato e contraíram dívidas no exterior, sofrendo assim o impacto da variação cambial do período. "Dessa
forma, nenhuma obra será prejudicada ou haverá diminuição do
nível de serviço", disse.
Outro argumento contrário à
redução do reajuste foi a queda de
21% no tráfego esperado. Quando
do início das assinaturas de contratos, em 97, as concessionárias
tinham uma estimativa de tráfego
e, consequentemente, esperavam
ter certa arrecadação. A Artesp
admite que parte dessa queda pode ter relação com o próprio preço cobrado pelos pedágios.
As concessionárias irão negociar individualmente com a Artesp critérios de compensação por
causa do parcelamento do aumento. Isso pode envolver alterações no cronograma de obras e
mudanças no prazo de concessão.
Desde 98, a tarifa por quilômetro, que é a base para a cobrança,
foi reajustada em 105,43%.
Ontem, o diretor-geral da Artesp disse que o governo estuda
adotar outro índice, diferente do
IGP-M, hoje o que mais rapidamente sofre os efeitos do dólar.
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