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Fiscalização e multas garantirão medida, afirma prefeitura
Governo municipal aposta em sinalização e parceria com Polícia Militar para vingar restrição a caminhões na cidade
Secretaria dos Transportes estima melhora de 14% a 17% nos índices de lentidão em julho, com a retirada de 85 mil caminhões das ruas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
aposta que a sinalização das novas restrições, a parceria com a
Polícia Militar na fiscalização e
o valor das multas -que em um
só dia pode chegar a R$
1.362,08 para os caminhões pequenos- garantirão o sucesso
da medida. "Veio para ficar",
diz o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes.
As restrições, segundo a própria prefeitura, têm como prioridade a fluidez do trânsito dos
automóveis. Cálculos da secretaria estimam uma melhora do
tráfego entre 14% e 17% já em
julho, quando 85 mil dos 210
mil caminhões que circulam
diariamente não poderão acessar o centro durante o dia. Nos
três meses seguintes, esse número deve chegar a 100 mil, até
a restrição total, em novembro.
A fiscalização será dividida
em 16 células, nas quais a PM e
a CET agirão em conjunto para
evitar a criação de rotas de fuga.
A CET, porém, não aumentará a quantidade de agentes nas
ruas para fiscalizar as medidas
-além dos cerca de 300 marronzinhos que já atuam na área
restrita, 200 agentes da zona
azul multarão caminhões.
A secretaria avalia também
que não há necessidade de aumentar a fiscalização à noite e
de madrugada, mesmo com a
tendência de aumento do trânsito nesses horários.
Embora a orientação da secretaria seja de fiscalização ostensiva, a PM diz que, em um
primeiro momento, irá priorizar a orientação. "Nossa missão
principal é parar os caminhoneiros, conversar, distribuir
panfletos. Mas o policial poderá multar", afirma o coronel
Ailton Brandão, comandante
do policiamento da capital.
A PM não montou esquema
especial de segurança para evitar o roubo de cargas durante a
noite e a madrugada. "A primeira semana vai ser o grande
laboratório. A gente está preocupado", disse Brandão. Ele espera ter um mapeamento dos
principais locais de carga e descarga em 15 dias. O coronel diz
que eletrodomésticos, cigarros,
gás e bebidas são as cargas mais
visadas por bandidos na cidade.
Em relação ao barulho noturno dos caminhões, Clayton
Claro da Costa, supervisor de
Uso e Ocupação do Solo da Secretaria das Subprefeituras,
afirma que só pode ser aplicada
multa por ruído excessivo na
hora da entrega se ele for provocado dentro do estabelecimento (as reclamações podem
ser feitas pelo telefone 156).
"Só dá para avaliar os eventuais efeitos colaterais depois
que a medida estiver em prática", avalia ele, ressalvando que,
hoje, não há registros de reclamações no Psiu (programa de
silêncio da prefeitura) por barulho de caminhões à noite. As
queixas predominantes são em
razão de bares e igrejas.
Segundo Costa, as reclamações da população devido ao
eventual ruído excessivo dos
veículos de carga que estiverem
na rua fazendo a entrega devem
ser dirigidas à polícia -por perturbação da ordem pública.
(RICARDO SANGIOVANNI e ALENCAR IZIDORO)
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