São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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ENTENDA O MASSACRE DO CARANDIRU

2 de outubro de 1992
Por volta das 11h, o diretor da Casa de Detenção, Ismael Pedrosa, é informado sobre uma briga entre presos do pavilhão 9. O coronel Ubiratan Guimarães, então comandante do policiamento na capital, reúne-se com comandantes da PM, Pedrosa e dois juízes para avaliar a situação. Ao final do dia, a PM invade o presídio e 111 presos morrem


OS NÚMEROS
120 PMs denunciados
111 presos mortos

O PROCESSO
Outubro de 1992
Iniciado o IPM (inquérito policial militar)

Março de 1993
Concluída a denúncia pelo promotor de Justiça Militar Luiz Roque Lombardo Barbosa

Março de 1996
Justiça Militar decide transferir o processo para a Justiça comum

Maio de 1996
Processo é enviado para o STJ para que este decida se ele pode ser transferido para a Justiça comum

Janeiro de 1997
O coronel Ubiratan Guimarães toma posse como deputado estadual pelo PSD e ganha imunidade

Abril de 1997
STJ decide manter o projeto na Justiça comum

Junho de 1997
Depois de ouvidos novamente parte dos envolvidos na ação policial, os promotores enviam ao juiz Nilson Xavier de Souza o pedido para que os réus sejam levados a júri popular. O processo relativo ao deputado Ubiratan Guimarães é enviado ao Tribunal de Justiça. Ele volta ao 2º Tribunal do Júri, pois Guimarães perde a vaga de suplente na Assembléia Legislativa

Setembro de 1998
O juiz Nilson Xavier de Souza, do 2º Tribunal do Júri, pronuncia o coronel Ubiratan Guimarães, responsabilizando-o pelas 111 mortes no episódio. O julgamento de Guimarães será separado dos outros 119 PMs acusados porque o processo havia sido desmembrado, na época em que o coronel foi deputado estadual suplente

Junho de 2001
O coronel Ubiratan é condenado a 632 anos de prisão em júri popular. O oficial recorre da decisão em liberdade ao Tribunal de Justiça, que, após 14 meses, ainda não decidiu. O Ministério Público estima que os outros PMs serão julgados até o final de 2002

Hoje
Não há previsão de julgamento dos outros PMs. As famílias das vítimas não receberam indenizações e o coronel Ubiratan disputa eleição para deputado federal


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