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Família de preso morto sustenta caixa do PCC
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Mesmo depois de morto, um
ex-detento ainda paga regalias e
sustenta o caixa de presos ligados
à facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital) no complexo Campinas-Hortolândia.
Ele foi assassinado no início do
ano, em uma briga. Apesar disso,
o pai do detento continua desembolsando R$ 50 mensais a seus
credores, que estão na prisão.
A conta em que o pai de A. faz o
depósito é uma das 40 abertas supostamente pelo PCC para extorquir dinheiro de familiares de
presos, segundo apurações do
Ministério Público Estadual, da
Vara de Execuções Criminais e da
Polícia Civil, em Campinas. A Justiça concedeu a quebra do sigilo
bancário das contas a pedido da
Promotoria.
Os depósitos feitos nessas contas são mensais e em valores pequenos: de R$ 30 a até, no máximo, R$ 100. Pelo menos uma das
contas investigadas recebe o depósito de 40 pessoas por mês. Em
um mês, foram coletados no mínimo R$ 1.200. Segundo as investigações, as contas são abertas
normalmente em nome de "laranjas", com documentos falsos.
O grupo de repressão ao crime
organizado do Ministério Público
em Campinas apura a possibilidade de esses depósitos estarem ajudando a financiar ações criminosas da facção fora dos presídios.
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