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PLANTÃO MÉDICO
Frustração recíproca separa casal
JULIO ABRAMCZYK
Atualmente, qualquer crise conjugal é suficiente para resultar em
separação do casal. "A capacidade
das pessoas em suportar e lidar
com frustrações está muito reduzida", destacou a psicóloga Ruth
Blay Levisky, em trabalho apresentado durante o 1º Congresso
Internacional de Terapia Psicanalítica de Casal e Família, em Paris,
na semana passada.
A autora do trabalho "Casamento ameaça? Um conflito de
heranças" é terapeuta de casal e
família e doutora em genética pela
Universidade de São Paulo.
Levisky observa em seu estudo
que os casais mostram grande dificuldade para sustentar compromissos e suportar diferenças e
frustrações. E explica que, como o
mundo de hoje é imediatista,
competitivo e pouco tolerante, estes fatores acabam aumentando o
número de separações conjugais.
A autora analisa também as repercussões e transformações nas
relações de amor, ódio e ilusão-desilusão em um casal que viveu
momentos de intensa paixão enquanto amantes -vivendo por
muitos anos em localidades diferentes- e de violência e agressividade depois de uma lua de mel
paradisíaca, quando se casaram e
passaram a morar juntos.
Após o casamento, conclui a autora, as brigas se tornam mais
aparentes porque a relação já se
caracterizava por controle, competitividade, impulsividade e dificuldades na comunicação. Neste
caso, o casamento representaria a
desilusão de uma ilusão.
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