Minha menstruação sempre foi muito irregular e eu tinha problemas com acne. Mesmo assim, nunca associei esses sintomas à síndrome dos ovários policísticos. Só soube que tinha esse problema aos 22 anos, pouco antes de me casar. Fui fazer um check-up e a médica constatou a SOP.
Minha ginecologista daquela época me disse que seria ""uma batalha" eu conseguir engravidar. Imagine o efeito devastador que isso teve para mim, às vésperas do meu casamento. Fiquei desesperada, liguei para o meu noivo dizendo que eu não poderia ter filhos.
Mesmo assim, não desanimei e convivi com o problema em banho-maria. Depois de três anos de casada decidi que queria engravidar. Parei de tomar anticoncepcionais e comecei a me tratar com estimuladores de ovulação. Não tive sucesso.
Por três vezes eu também tentei inseminação artificial, um procedimento super-caro, também sem sucesso. O que aquela primeira médica havia dito ficou martelando na minha cabeça. Parecia que tudo o que ela havia dito estava ocorrendo.
Procurei um outro profissional, especializado em reprodução humana, e fiz exames mais completos. Descobri que tinha resistência à insulina. Em agosto do ano passado, comecei a tomar o medicamento.
O resultado é que, após oito meses tomando o remédio, meus ovários voltaram a funcionar. Eu estou grávida de sete meses. Estou esperando o Carlos Eduardo, o meu tão sonhado bebê, que vai nascer em janeiro.


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