JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A velha sanguessuga dos tratamentos médicos em séculos passados, que deixava os doentes mais doentes por causa das sangrias incontidas, está novamente despertando interesse médico.
A sanguessuga é um verme aquático que, ao entrar em contato com animais e humanos, fixando-se através de suas ventosas, injeta sua saliva para impedir que o sangue coagule, o que permite que o sangue seja sugado.
Ainda hoje, em condições especiais, a sanguessuga é empregada em algumas situações médicas, em particular na cirurgia plástica.
Através de aplicações locais, mostra eficiente mecanismo que bloqueia a coagulação sangüínea.
Oscar Yanes e colaboradores da Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha, relatam em revista especializada em bioquímica a análise da saliva desse verme, denominado muito apropriadamente Hirudo medicinalis.
Na revista "Molecular and Cellular Proteomics", Yanes explica que peptídeos e proteínas presentes na saliva da sanguessuga impedem o desenvolvimento da cascata de reações sanguíneas que levam à coagulação.
A pesquisa identificou um inibidor de protease (serine) que indica um importante caminho para o desenvolvimento e pesquisa de novas drogas anticoagulantes.
Entretanto, adiantam os pesquisadores, resta ainda um longo caminho para que se chegue a uma nova droga que possa ser usada no tratamento de doenças cardiovasculares.

Exercícios
Com 31 capítulos em 221 páginas e temas abordados em estreita colaboração entre médicos e professores de educação física em cada capítulo, a editora Artes Médicas (tel. 0/xx/11/221-9033; site www.artesmedicas.com.br) acaba de lançar "O Exercício como Terapia na Prática Médica".
O livro, coordenado por Mauro Vaisberg, Luís Fernando Bicudo P.C. Rosa e Marco Túlio de Mello, tem por finalidade orientar os médicos na indicação de exercícios, visando a preservação da saúde de seus pacientes. Conta com a colaboração cerca de 50 médicos das mais diferentes especialidades e de profissionais ligados à atividade esportiva e ao condicionamento físico.
Na apresentação da obra é prestada uma homenagem póstuma ao professor Luís Fernando Bicudo P.C. Rosa, prematuramente falecido em acidente.


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