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Endoscopia pode não detectar 50% dos casos
DA REPORTAGEM LOCAL
A endoscopia -exame que faz
uma inspeção visual do aparelho
digestivo- pode não detectar
50% dos casos de doença do refluxo, segundo o gastroenterologista
Jaime Natan Eisig, do HC.
Ele afirma que a mucosa do esôfago possui várias camadas e,
muitas vezes, a inflamação está
restrita à parte interna e, por isso,
não é detectada pela endoscopia.
Nesses casos, diz Eisig, tanto a
peagametria (exame que mede o
nível de acidez do esôfago) como
a manometria (que mede a pressão exercida pela musculatura do
esôfago e a sequência com que as
contrações ocorrem) são importantes aliados para a realização de
um diagnóstico correto.
A professora Maria Heloísa
Guimarães, 42, sabe bem o que é
isso. Ela afirma que passou anos
sentindo azia, regurgitação e uma
dor no peito "que parecia infarto", mas nada de anormal era
diagnosticado na endoscopia.
O diagnóstico decisivo foi obtido após fazer a peagametria. Uma
sonda foi introduzida, pelo nariz,
no esôfago da professora durante
24 horas. A extremidade interna
da sonda tem sensores de pH e
mede a acidez do esôfago.
A extremidade externa é conectada a um aparelho de registro de
pH. Após as 24 horas, um computador analisa quantas vezes o pH
foi anormal e o número de refluxos. No caso de Guimarães, foram
detectados 70 refluxos, o mais
longo de 40 minutos. "Os remédios são paliativos, melhoram a
sensação de acidez, mas não resolvem o problema", afirma ela,
que recebeu, após o resultado do
exame, indicação médica para cirurgia.
Como precisa perder cerca de
20 kg, Guimarães estuda a possibilidade de fazer uma cirurgia de
redução de estômago, na qual o
problema do refluxo também poderá ser resolvido.
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