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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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PLANTÃO MÉDICO

Medo de operação é ligado à anestesia

JULIO ABRAMCZYK

Um doente que vai ser submetido a uma operação tem maior preocupação com a anestesia, e não com a própria cirurgia ou o cirurgião, relatam David Royston e Felicia Cox na revista "The Lancet" (2003;362:1648-58).
O estudo aborda o ponto de vista dos pacientes em relação à anestesia. Eles temem não acordar depois da operação ou ficar acordados e conscientes no ato operatório. A realidade, entretanto, é que esses fatos são extremamente raros numa anestesia geral.
A preocupação dos pacientes está relacionada também ao resultado da cirurgia e ao conforto antes, durante e depois da intervenção. O resultado é da área do cirurgião. Mas o conforto pré, per e pós-operatório ficará sob os cuidados do anestesista.
A anestesia avançou extraordinariamente como especialidade médica desde a primeira intervenção, com éter, realizada por William T. Morton em 1846. Nos últimos 50 anos, a mortalidade relacionada à anestesia caiu substancialmente. E o progresso tornou possível que neste ano se esteja comemorando o 50º aniversário da primeira cirurgia cardíaca a céu aberto de ponte de safena.
Mas foi a partir de 1970, com a introdução da monitorização cardíaca e demais controles vitais, que os acidentes relacionados ao ato anestésico diminuíram amplamente, se não eliminados. Para Royston e Cox, os receios não são justificados. O importante, concluem, é melhorar a informação pré-operatória aos pacientes.



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