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Inspirado em Che Guevara, casal atuará no Amazonas

Cubanos deixaram filha de 4 anos em seu país

LUCAS REIS DE MANAUS

Foi um ícone de Cuba que inspirou um casal de médicos a deixar Guantánamo --e uma filha de quatro anos-- para trabalhar, juntos, no interior do Amazonas.

Ontem, entre os 74 estrangeiros numa sala da Fundação de Medicina Tropical de Manaus, Dagmara Brooks, 32, e Alain Mora, 34, estavam o tempo todo lado a lado.

"Adquirimos a vontade de ajudar ao próximo com o exemplo de Che Guevara, que era médico e deixou seu local de origem para atender a populações carentes", disse Mora, um dos 61 cubanos que iniciaram curso sobre as doenças da região amazônica, como malária e febre tifoide.

Além dos cubanos, outros 13 profissionais de várias nacionalidades --espanhóis, portugueses, bolivianos, peruanos, mexicanos, dominicanos-- terão duas semanas de aulas. Ao final do mês, cinco deles permanecem em Manaus, e outros 69 embarcam para 26 municípios.

O idioma, após três semanas de aulas, já não parece um problema para o casal, que morou três anos na Eritreia, país africano às margens do Mar Vermelho, para atendimento em atenção básica.

"Não acho que vamos sentir muita diferença no trabalho que estamos acostumados a fazer", diz Dagmara.

O casal vai morar em São Paulo de Olivença, cidade de quase 35 mil habitantes a 1.345 km de Manaus por vias fluviais e perto de Peru e Colômbia.

A filha pequena, que nasceu na África, ficará sob os cuidados dos avós. "Queremos saber como é a cidade em que vamos, se há condições, para então trazê-la para nos visitar", disse Mora.

PROTESTOS

Após elogios à comida, à praia e à receptividade das pessoas de Fortaleza, onde o casal participou da avaliação prévia, Mora foi questionado sobre as manifestações da classe médica brasileira.

"É egoísmo, pois seus próprios irmãos estão necessitados, mas eles não vão até os seus irmãos para atendê-los", disse o cubano. "Eles só estão pensando no dinheiro? A nós, não importa o dinheiro, mas sim ajudar ao povo."


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