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Marilene de Brito Malheiros (1955 - 2014)

Dedicou a vida à Cruz Vermelha do Pará

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Para o fiel que vai ao Círio de Nazaré, não existe bênção maior do que, sob o sol amazônico e no meio de 2 milhões de pessoas, tocar as cordas que protegem a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

Para Marilene Malheiros, o objetivo era outro: auxiliar as centenas de pessoas que passam mal durante a maior festa religiosa do Brasil.

Por anos, a Cruz Vermelha do Pará teve papel fundamental na organização da celebração, providenciando macas, ambulâncias e água de maneira voluntária.

Membros da entidade também acompanham os devotos que prometem cumprir de joelhos a procissão de 3,6 km. Para amenizar o percurso, vão cobrindo o asfalto com papelão molhado. Grande parte dessa logística foi desenvolvida por Marilene.

Durante a festa, ela estava no meio da multidão, com seu colete vermelho e um rádio em mãos coordenando as equipes, que somavam mais de dez mil voluntários. Foi assim por mais de 20 anos.

Marilene já era servidora pública e trabalhava como assistente social quando, em meados de 1980, o tio de uma amiga incentivou um grupo de paraenses a reativar a Cruz Vermelha no Estado.

A partir daí, ela se dedicou inteiramente à entidade. Foi presidente e secretária-geral e realizou ainda projetos de palestras de conscientização de saúde entre comunidades ribeirinhas.

Amigos e a familiares afirmam que Marilene viveu pela Cruz Vermelha.

Morreu em Belém, de insuficiência renal, no dia 8, aos 59 anos. Devota de Nossa Senhora de Nazaré, Marilene deixa quatro irmãs.


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