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Foco

'Big Brother' da vida cotidiana grava de praias a tigre siberiano

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Enquanto a avenida Paulista travava com mais um protesto, papagaios comiam sossegados uma porção de ração em uma fazenda do Mato Grosso do Sul. Numa praia de Santa Catarina, ondas médias atraíam surfistas.

As cenas ocorriam simultaneamente na tarde de sexta-feira (6) e eram transmitidas ao vivo no site "Vejo ao Vivo" -uma espécie de "Big Brother Brasil" da vida comum.

O site reúne imagens ao vivo de 800 câmeras em 115 cidades do país. Elas estão apontadas para avenidas, aeroportos e estádios. Também é possível ver praias, pistas de skate e gaiolas de animais.

Mas, na maioria dos casos, não acontece absolutamente nada durante as 24 horas de transmissões diárias.

Criado há dois anos em Joinville (SC), o "Vejo ao Vivo" surgiu para ajudar os moradores da cidade a monitorar o trânsito. A partir daí, cresceu em câmeras, anúncios publicitários e audiência -já teve 20 milhões de acessos. Acabou diversificando os temas.

O zoológico de Joinville resolveu aderir e passou a disponibilizar imagens ao vivo de alguns animais. O tigre siberiano, por exemplo, passou a tarde de sexta-feira caminhando na jaula. De vez em quando, soltava um bocejo.

Também dá para assistir o cotidiano de papagaios, tucanos e onças pintadas de uma fazenda de Itaquiraí (MS). "Vejo mais os tucanos, [eles] olham sempre para a câmera", diz Marcelo Carneiro, 28, dono da fazenda.

A câmera na Prainha, "point" do surf em São Francisco do Sul (SC), é uma das mais acessadas no site. "Os surfistas entram e decidem se vão à praia. É bem útil", diz David Abuhab, um dos criadores do "Vejo ao Vivo."

"A câmera não está se movendo, assim não posso ver a lua nascer", escreveu uma moradora de Joinville no espaço destinado a comentários na transmissão de Prainha.

"Neste momento (8h26) está nublado, vejo apenas uma forte neblina", comentou outra mulher sobre as imagens de Jaraguá do Sul (SC).

"As pessoas comentam muito. Algumas veem as câmeras para matar a saudade", diz Abuhab. E o site vai crescer. Outras 1.000 câmeras estarão disponíveis até o fim do ano. As próximas atrações serão as ovelhas da fazenda de Itaquiraí.


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