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Paulo dos Santos Ferreira (1934-2012) Matemático entendido de Camões ESTÊVÃO BERTONIDE SÃO PAULO "Foi por vários caminhos. Ele tinha um perfil heterogêneo", lembra a filha Maria Regina sobre o pai, o paulistano Paulo dos Santos Ferreira. Sua formação era em exatas, mas, embora tenha estudado matemática na USP, Paulo desde muito jovem era interessado em literatura portuguesa, o que o levou a estudar a história de Portugal e a se embrenhar em "Os Lusíadas". Graças ao seu profundo conhecimento sobre o livro, que um dia soube todo de cor, ganhou um prêmio em dinheiro e uma viagem a Portugal. Em 1957, participou, na Tupi, de "O céu é o limite", o primeiro programa de perguntas e respostas da televisão brasileira, criado dois anos antes. Na época, conta a família, o presidente de Portugal estava em São Paulo e viu Paulo ganhar o prêmio na TV após responder uma pergunta sobra a obra de Camões. O governo português o convidou a ir, com a comitiva presidencial, à Europa, onde poderia estudar com bolsa na Universidade de Coimbra. Com apenas 23 anos -e ainda solteiro-, Paulo foi e passou seis meses por lá. Depois que voltou, casou-se com Odette, funcionária pública estadual aposentada, e teve vários serviços. Deu aulas na área de exatas, trabalhou com eletrônica na Philips e passou pelas fundações Seade e Carlos Chagas. Também fez traduções (algumas técnicas) do francês e do italiano para português. Era piadista, sarcástico e inconformado, segundo a família. Adorava jogar xadrez e bridge. Devido à voz grossa, era chamado de Trovão. Sofrera uma queda em casa. Morreu na sexta (4), aos 78. Teve duas filhas e sete netos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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