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Policiais são presos sob suspeita de matarem jovem que estava rendido

Quatro PMs disseram que garoto de 16 anos atirou contra eles, versão contestada por testemunhas

Jovem foi acusado de roubar uma casa na zona leste; policiais afirmam que a morte ocorreu em confronto

AFONSO BENITES LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Quatro policiais militares foram presos sob suspeita de simularem um confronto e matarem um jovem de 16 anos acusado de roubar uma casa na zona leste de São Paulo.

As detenções ocorreram no domingo à noite após a Corregedoria da PM e o DHPP (departamento de homicídios) ouvirem três testemunhas que disseram que o adolescente foi baleado em um terreno quando já havia sido rendido e desarmado.

O caso ocorreu por volta da 1h de domingo, na rua Rock Estrela, no bairro Cidade AE Carvalho. Segundo a polícia, naquele dia, Wallace Victor de Oliveira Souza, 16, e um comparsa roubaram a casa de um taxista. Quando fugiram, se depararam com uma equipe da Força Tática do 39º Batalhão da PM.

Iniciou-se uma perseguição. Os policiais alcançaram o carro em que Souza e o outro homem estavam e pertencia ao taxista. O suspeito conseguiu fugir a pé, mas o adolescente acabou baleado.

Souza já havia sido detido pelo crime de roubo e reconhecido pelo taxista como um dos ladrões de sua casa.

Em um primeiro momento, os PMs registraram a ocorrência como "morte decorrente de intervenção policial".

Segundo o registro da ocorrência, o sargento Carlos Alberto Ferreira e os soldados Alex Alves, Washington Custódio e Amauri Goulart foram recebidos a tiros e reagiram. Baleado, Souza foi socorrido por uma ambulância, mas chegou morto ao hospital.

A versão foi contestada quando uma testemunha ligou para a Corregedoria e disse ter visto os policiais arrastando o jovem ainda vivo para um terreno baldio e atirando contra ele.

Souza foi morto com dois tiros. Antes de ser baleado, as testemunhas o ouviram gritar por socorro e tentaram intervir, pedindo ao soldado Goulart, apontado como o atirador, que parasse com a ação.

De acordo com a polícia, as três testemunhas não têm ligação com a vítima e dizem que deixaram o local antes dos disparos.

A Folha não achou os advogados dos PMs. Em depoimento, eles disseram que a morte ocorreu no confronto.


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