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Indústria prevê desaceleração, afirma FGV
DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE
Ainda que as perspectivas
de curto prazo da indústria
apontem sustentação do ritmo da atividade, as empresas
já projetam desaceleração
mais à frente. Segundo a pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV (Fundação
Getulio Vargas), a avaliação
de piora na situação dos negócios nos próximos seis meses atingiu o maior índice
(9%) em junho desde outubro de 1986, quando foi 10%.
Segundo Aloisio Campelo
Jr., coordenador da pesquisa, a percepção da indústria
reflete a combinação entre a
alta da taxa de juros e a valorização do real. "As perspectivas de emprego e produção,
que consideram um cenário
de três meses, indicam sustentação do ritmo. Mas, no
cenário de seis meses, pode
ser o primeiro sinal de desaceleração", disse.
Em relação às empresas
consultadas (1.031) que esperam melhora na situação nos
próximos seis meses, o índice subiu para 61% -ante
53% em maio deste ano e
57% em junho de 2007. O
percentual que espera piora
era de 6% em maio deste ano
e 4% em junho de 2007.
Segundo Campelo, o Nuci
(Nível de Utilização da Capacidade Instalada) e o estoque
equilibrados mostram que a
indústria continua aquecida
e que a desaceleração tende a
ser suave, sob impacto da política monetária e da desaceleração internacional.
"O Nuci subiu em junho,
mas o nível de estoque dá sinal de maior equilíbrio e sustentação. Há setores em que
o Nuci cresce mais, mas, na
média, a situação é confortável." Em junho, o Nuci atingiu 86,4% -o nível mais elevado no ano- ante 85,6% no mês anterior.
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