São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004 |
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PANORÂMICA ENERGIA Escritório da Petrobras na China quer multiplicar por dez vendas para China A Petrobras abriu seu escritório na China há dois meses com uma meta ambiciosa: multiplicar por dez a quantidade de petróleo e óleo que vende ao país em um período de cinco anos. A China compra hoje menos de 1% dos 200 mil barris diários de petróleo que a estatal brasileira exporta. Mas é o país que aumentou mais rapidamente sua parcela no consumo mundial nos últimos anos. Em 2003, a China ultrapassou o Japão e se tornou o segundo maior comprador de petróleo do mundo. A estimativa do governo chinês é que o consumo continuará a crescer a uma média de 12% ao ano pelo menos até 2020. O objetivo da Petrobras é garantir uma fatia maior desse mercado. "Nos últimos quatro anos nós vendemos um total de US$ 300 milhões para a China. Em cinco anos, queremos que o valor seja de US$ 1 bilhão ao ano", disse à Folha Marcelo Castilho da Silva, chefe do escritório da Petrobras em Pequim. Se a meta for alcançada, a China se transformará para a Petrobras em um mercado tão ou mais importante que os EUA. A conquista do mercado chinês faz parte do projeto de internacionalização da Petrobras. A expectativa é elevar a produção até meados de 2006 do atual 1,5 milhão de barris/dia para até 2,2 milhões de barris/dia. Por enquanto, o representante da Petrobras não fechou novos contratos na China, mas diz que a área comercial é o principal foco do escritório de Pequim. Ele reconhece que não é fácil fazer negócios com chineses. Grande parte do tempo do executivo é dedicada à realização de contatos com as grandes empresas de petróleo local. A Petrobras também tem um protocolo de intenções com a Sinopec para exploração de petróleo em águas profundas, mas o acordo ainda não saiu do papel. (DE PEQUIM) Texto Anterior: Nos EUA, vagas pecam por falta de qualidade Próximo Texto: Opinião Econômica - Rubens Ricupero: O mistério do consumo de massa Índice |
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