São Paulo, domingo, 01 de dezembro de 2002

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PAINEL S.A.

Dependência...
Pelo menos até 2005, o Brasil manterá um passivo externo próximo de US$ 17,6 bilhões, segundo estimativas do Iedi. Neste ano, essa conta -com custos de endividamento, remessa de juros e lucro- está projetada em US$ 21 bilhões.

...externa
Para cobrir esses gastos, decorrentes de compromissos assumidos principalmente de 1994 e 1998, o país terá que obter uma sucessão de superávits comerciais cada vez maiores, com políticas direcionadas. É a única opção para o governo reduzir a dependência externa ainda intacta, avalia Júlio de Almeida (Iedi).

Negócio da China
Sergio Amaral (Desenvolvimento) aproveita a rápida visita à China para tratar da proposta de negociação de um acordo de livre comércio entre os dois países. O tema será tratado amanhã com os ministros de comércio exterior e do planejamento de lá.

Cautela mineira
De 2.170 contratos futuros, intermediados pelo Banco do Brasil na BM&F neste ano, 1.050 deles foram feitos pelos produtores rurais de Minas Gerais. Esses contratos são usados para proteger preços contra as incertezas do mercado.

Em alta
A receita dos operadores de logística no Brasil aumentou de R$ 1,5 bilhão, em 2000, para mais de R$ 4,7 bilhões neste ano, segundo o centro de logística da Coppead. A Aslog (associação do setor) avalia que, até 2005, haverá um crescimento de 45%.

Transparência
A Ebape e o Ibre (FGV) lançam nesta semana a primeira edição de "Contribuintes e cidadãos: compreendendo o orçamento", com uma interpretação dos gastos da gestão FHC. Em um ano, será a vez de analisar os números do governo Lula.

Mais reciclagem
O Brasil acaba de atingir o índice médio de 17,5% de reciclagem de plástico pós-consumo, segundo pesquisa da Plastivida/Abiquim. A taxa européia está estabilizada há anos em 22%, e lá a prática é imposta por lei.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Bola de neve

O Banco Central tem motivos muito sérios para se alarmar com a contínua piora nas expectativas de inflação desde setembro. Para os economistas do HSBC, sem um claro sinal por parte do BC de que não tolerará a inflação, os indicadores tendem a ficar ainda piores. Mesmo os setores menos atingidos pela alta do dólar já mostram padrão de alta de inflação que ameaça as metas de 2003. O problema é que o aceno mais importante não depende do atual governo, mas sim do gabinete que assumirá em janeiro. "Quando esse processo [de descontrole da inflação] está em andamento, o custo de invertê-lo aumenta de forma significativa." Nesse caso, a demora em anunciar a nova diretoria do BC pode ter um preço alto para o país.


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