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IMPOSTO DE RENDA
Entrega pela internet terá início na quinta; nš de declarantes deve chegar a 19 milhões, prevê Receita
Comece a preparar já a declaração do IR
DA REPORTAGEM LOCAL
Comece a preparar a papelada,
pois, como acontece nesta época
em todos os anos, chegou a hora
de prestar contas à Receita Federal. Os contribuintes terão mais
de oito semanas pela frente para
fazer as declarações do Imposto
de Renda. Como nos anos anteriores, o prazo final é 30 de abril.
A Receita espera receber cerca
de 19 milhões de declarações neste ano, número 15% maior do que
os 16,5 milhões de 2002.
A partir de quinta-feira, dia 6
deste mês, já poderá ser entregue
a declaração pela internet. É a forma mais fácil de declarar, seja no
modelo completo ou no simplificado. Além disso, quanto mais cedo entregar, mais cedo o contribuinte receberá a restituição (se
tiver direito).
Quem ainda preferir usar o tradicional formulário impresso
precisará aguardar mais algumas
semanas -provavelmente até o
começo de abril-, quando eles
estarão disponíveis nas unidades
da Receita.
As declarações pelo sistema on-line (pela internet, no site da Receita, mas sem necessidade de uso
de programa de computador) e
pelo telefone também deverão estar disponíveis somente nos próximos dias.
Somente poderá fazer a declaração on-line ou pelo telefone o
contribuinte que satisfizer, cumulativamente, algumas condições:
teve a posse ou a propriedade de
bens e direitos no valor de até R$
20.000 em 31 de dezembro de
2002 e opte pelo desconto-padrão
de 20%, limitado a R$ 9.400.
Não poderá fazer a declaração
on-line ou pelo telefone o contribuinte que passou à condição de
residente no país em 2002 e aquele que declara em conjunto com
dependentes que tenham rendimentos próprios. Motivo: nessas
duas formas de declaração não há
campos para incluir o CPF dos
dependentes.
Juntar documentos
A primeira coisa a fazer é separar toda a papelada que servirá
para a declaração. Para os assalariados, o principal documento é o
Informe de Rendimentos, entregue pelas empresas até sexta-feira. Para os autônomos, toda a documentação que foi usada para
pagar o carnê-leão durante o ano
passado.
Além disso, é preciso juntar recibos de pagamentos -médicos,
planos de saúde, escolas etc.-,
documentos necessários para as
deduções no caso de uso do modelo completo. Informes enviados pelos bancos, com o resumo
das aplicações financeiras, também são importantes para elaborar a declaração.
Menos imposto
Depois de seis anos com a tabela
congelada -declarações feitas de
1997 a 2002-, neste ano os contribuintes usarão uma nova tabela
para calcular o imposto. Ela foi
corrigida em 17,5% desde janeiro
de 2002, o que aumentou o limite
de isenção dos antigos R$ 10.800
para os atuais R$ 12.696 (12 vezes
o limite mensal isento, de R$
1.058).
O reajuste da tabela fez os trabalhadores pagarem menos imposto sobre os salários (ou sobre os
rendimentos mensais, no caso
dos autônomos) no ano passado.
O ganho médio foi de R$ 63,08
por mês para quem teve renda tributável acima de R$ 2.115. No
ano, foram R$ 756,96 de imposto
a menos.
Entretanto se esse trabalhador
teve aumento salarial durante o
ano, parte do ganho foi novamente comida pelo leão.
Assim, o fato de o contribuinte
ter pago menos imposto por mês
em 2002 não vai alterar sua situação agora, na hora de declarar. Se
ele teve restituição nos últimos
anos (porque abate despesas com
educação, com saúde etc.), deverá
continuar tendo na mesma proporção.
Da mesma forma, se ele costuma ter imposto a pagar na declaração, tudo indica que continuará
tendo também na mesma proporção. Na média, o resultado final
da declaração deste ano deverá
indicar cerca de R$ 756 a menos
do que na do ano passado.
(MC)
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