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Crise pode levar a suspensão de tarifa do álcool
DE WASHINGTON
A crise atual dos alimentos
e do petróleo nos EUA pode
levar o governo e o Congresso americanos a um acordo
inédito: diminuir ou mesmo
suspender por tempo determinado a tarifa cobrada ao
álcool brasileiro, atualmente
de 54 centavos de dólar por
galão, ou 24 centavos de real
por litro. Segundo a recém-aprovada lei agrícola do país,
a taxa teve sua validade renovada por mais dois anos.
Mas cada vez mais congressistas apontam o contra-senso da medida neste momento. Nos últimos dias, antes de o Congresso entrar em
seu recesso de verão, dois representantes (deputados federais) democratas apresentaram medida que pede que a tarifa seja diminuída até alcançar o novo subsídio dado
pelo governo aos produtores
de álcool locais, de 45 centavos por galão.
A idéia original do subsídio
e da tarifa, argumentam
Mark Udall e Ed Perlmutter,
do Colorado, era que um
anulasse o outro. Com a nova
lei agrícola, o comprador
norte-americano tem a percepção de que está pagando
mais do que antes pelo mesmo produto, já que o valor do
crédito fiscal que receberá
caiu nove centavos de dólar.
A proposta segue linha de
medida apresentada há algumas semanas no Senado pelos democratas Dianne
Feinstein (Califórnia) e Maria Cantwell (Washington) e
o republicano Judd Gregg
(New Hampshire). "A proposta faz ajustes de senso comum que podem ajudar o
bolso dos consumidores no
curto prazo e diversificar
nossa carteira de energia no
longo prazo", disse Udall.
Agora, outro peso-pesado
do Senado entra na história.
Em discurso previsto para
ser feito na manhã de hoje no
centro de estudos American
Enterprise Institute, em
Washington, o republicano
Richard Lugar (Indiana)
exortará o presidente George W. Bush a aproveitar a
reunião do G8 para "demonstrar liderança e suspender a tarifa sobre o álcool
brasileiro".
(SD)
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