São Paulo, sábado, 02 de agosto de 2008

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Governo teme que atraso da indústria afete Angra 3

DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

A Eletronuclear manifestou preocupação ontem com a capacidade da indústria nacional de absorver as encomendas previstas para a retomada da construção de Angra 3. O investimento na usina nuclear, que recebeu licença prévia do Ibama em 23 de julho, será de R$ 7,3 bilhões -70% aplicados no Brasil. Apenas com equipamentos nacionais a estatal irá gastar R$ 1,4 bilhão.
"Estamos preocupados porque a indústria nacional está um pouco sobrecarregada, principalmente com a Petrobras", disse o engenheiro Ronaldo Barata, da área de planejamento e orçamento de novos empreendimentos da Eletronuclear, em palestra proferida no Clube de Engenharia, no centro do Rio.
Segundo ele, as empresas terão que investir em expansão para dar conta da demanda. "Há tempo hábil para isso. E os grandes fabricantes nacionais já provaram, com Angra 2, que têm capacidade [de produzir os equipamentos necessários]."
Ele também destacou a importância de investimento na qualificação da mão-de-obra. Durante as obras, o projeto deve gerar 9.000 empregos diretos e 15 mil indiretos. Na fase de operação, serão 500 empregos diretos. "Houve um hiato grande no programa brasileiro, e os cursos de energia nuclear foram descontinuados. É preciso um processo de treinamento." Se o cronograma previsto pela empresa for cumprido, a usina ficará pronta em 2014.


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