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Agência recebe mais de 500 sugestões para mudar regras
LORENNA RODRIGUES
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) encerrou ontem a consulta pública
sobre mudanças no setor de telecomunicações. Segundo a
agência, até as 16h45, o órgão
recebeu 264 contribuições sugerindo alterações no texto do
PGO (Plano Geral de Outorgas)
e 275 para o PGR (Plano Geral
de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações).
O número inclui apenas as
contribuições recebidas pela
internet. A agência não havia
contabilizado os documentos
enviados pelos Correios. Não
foi divulgado o teor das contribuições nem a autoria delas.
Na prática, a mudança no
PGO permitirá que a compra da
Brasil Telecom pela Oi se concretize -já que o plano atual
proíbe que uma empresa de telefonia fixa compre outra em
área de atuação diferente. No
anúncio da fusão, a Oi informou que, caso a operação não
seja concluída até o fim do ano,
pagaria uma multa de R$ 490
milhões para a Brasil Telecom.
Já o PGR traz diretrizes para o
setor nos próximos anos.
Com o fim da consulta pública, a área técnica da agência
analisará cada contribuição.
Depois, o Conselho Diretor da
Anatel votará o documento definitivo. Não há prazo para que
isso ocorra, mas o relator, conselheiro Pedro Jayme Ziller,
prevê prazo de 45 a 60 dias.
O Conselho Consultivo da
agência, formado por representantes da sociedade, do Congresso e do Ministério das Comunicações, terá, então, 15 dias
para analisar o documento. Esse conselho poderá opinar, mas
não tem poder de veto.
O documento final aprovado
pela agência ainda será uma recomendação ao Ministério das
Comunicações, uma resposta
ao ofício enviado pelo órgão no
dia 13 de fevereiro à Anatel pedindo modificações em leis do
setor. Depois, o ministério ratificará o documento da agência
-ou poderá fazer modificações- e enviará o texto à Casa
Civil. Após análise da Casa Civil, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva assinará o decreto
com o novo PGO.
No caso do PGR, o governo
ainda não decidiu se fará apenas um regulamento da própria
agência ou também um novo
decreto, o que demandaria o
mesmo processo do PGO.
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