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"Não há estratégia coordenada"
DA REPORTAGEM LOCAL
Para Maurício Mesquita, economista do departamento de integração do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o
governo Lula -assim como o
FHC- ainda não foi capaz de
apresentar uma estratégia clara e
coerente para o setor industrial.
"O governo petista herdou os
instrumentos do governo passado, como o BNDES e a política comercial e tecnológica, mas, até
agora, não tem atuado de forma
coordenada e clara", afirma.
Para Mesquita, uma política industrial ideal é aquela que foca o
aumento da produtividade e da
competitividade, que resulta em
melhores salários e melhora do
bem estar da população.
Política industrial, diz Mesquita, significa, "em bom português", que o governo vai intervir.
Na sua análise, investimentos em
educação, pesquisa e desenvolvimento, financiamento a longo
prazo e promoção das exportações são situações que poderiam
garantir produtividade maior.
Mesquita diz que o governo deve evitar instrumentos vulneráveis à corrupção e aos lobbies.
"Intervenções muito específicas
têm riscos elevados. É melhor
atuar diretamente na causa do
problema."
(FF)
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