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"Governo ainda trava luta interna"
DA SUCURSAL DO RIO
O economista Aloísio Campelo
Júnior, responsável pela divulgação da Sondagem Conjuntural da
Indústria de Transformação da
FGV (Fundação Getúlio Vargas),
disse perceber que o governo ainda trava uma luta interna entre os
que defendem políticas de estímulos setoriais, chamadas verticais, e os que preferem políticas
mais amplas que beneficiem toda
a economia, horizontais.
"Aparentemente, há setores que
preferem as políticas verticais, estimular um setor, criar vantagens
comparativas para outro, seja via
o artifício que for, tarifas de importação ou concessão de subsídios. E tem outros setores, aparentemente a turma do Palocci
[Antonio Palocci Filho, ministro
da Fazenda], mais comedidos."
Para Campelo Júnior, a maioria
das medidas que possam ser tomadas para beneficiar a indústria
pode ser dirigida à economia do
país como um todo. Na reforma
tributária, eliminar impostos em
cascata que afetem a competitividade das exportações, por exemplo, beneficiaria toda a economia.
Mas ele ressalvou ser necessário
definir metas e prazos claros para
evitar que o estímulo, com o passar do tempo, ganhe um caráter
apenas político.
(CHICO SANTOS)
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