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Casa Civil é acusada de "barrar" AGU
EM SÃO PAULO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ex-diretora da Anac Denise Abreu também afirmou
que a agência buscou aconselhamento jurídico para o caso Varig com a AGU (Advocacia Geral da União).
Segundo Abreu, representantes da AGU discutiram o
caso e afirmaram que era necessária a apresentação de
mais documentos por parte
dos sócios brasileiros da VarigLog, a mesma posição defendida por ela. De acordo
com a ex-diretora, a avaliação não se transformou em
um parecer por orientação
da secretária-executiva da
Casa Civil, Erenice Guerra.
"Houve uma reunião na
sala da doutora Erenice
Guerra com a participação
de dois representantes da
AGU em que foram debatidos tanto os requisitos e exigências contidas no ofício
058 da Anac com relação a
capital estrangeiro, origem
do capital, apresentação de
Imposto de Renda e contrato
de mútuo quanto à transformação de um bem público
em ativos de uma empresa",
disse, em referência à inclusão de autorizações de pouso
e decolagem como ativos no
leilão da Varig.
Segundo Abreu, a reunião
ocorreu antes do leilão da
Varig, entre os meses de abril
e maio de 2006. Ao término
do encontro, Guerra teria
afirmado que a AGU não poderia transformar a avaliação em um parecer porque se
trata de órgão de assessoramento do presidente. "Eles
acompanharam o nosso entendimento, mas ela disse
que aquilo não poderia ser
transformado em um parecer porque a AGU é um órgão
de assessoramento direto do
presidente da República e só
ele poderia pedir um parecer
sobre a matéria. A AGU não
poderia se manifestar espontaneamente porque temos
uma procuradoria própria."
Por meio de sua assessoria
de imprensa, a AGU informou que "não há registro oficial quanto à participação de
integrantes da instituição na
referida reunião nem de
eventual manifestação formal a cerca do tema [capital
estrangeiro]".
Procurada, a Casa Civil
não respondeu até o fechamento desta edição.
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