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Bird vê "zona perigosa" para a economia
DA REDAÇÃO
O presidente do Bird (Banco Mundial), o americano
Robert Zoellick, disse que a
economia mundial está "entrando em zona perigosa",
com o aumento nos preços
dos alimentos e do petróleo.
"O que nós estamos presenciando não é um desastre
natural, como um tsunami
silencioso ou uma tempestade perfeita. É uma catástrofe
feita pela mão do homem e,
assim, deve ser consertada
pelas pessoas", disse Zoel-
lick, em carta endereçada aos
líderes do G8 (os sete países
mais ricos do mundo mais a
Rússia), que se reúnem no final de semana no Japão.
As Nações Unidas chamaram recentemente a crise
atual de um tsunami silencioso porque ela está se movendo em torno do globo e
não se sabe exatamente onde
e quem está atingindo.
"Eu peço ao G8 que, ao lado dos grandes produtores
de petróleo, aja agora para
resolver a crise. Esse é um
teste para o sistema global de
ajuda aos mais vulneráveis e
ele não se pode dar ao luxo de
falhar", escreveu o dirigente.
Na carta, o presidente do
Bird pede que o G8 estude
duas medidas para "melhorar a capacidade mundial de
lidar com a atual crise alimentar": garantir uma parte
do financiamento do Programa Mundial de Alimentos e
estudar a possibilidade de
um sistema internacional
coordenado "virtualmente"
de uma reserva humanitária
estratégica para emergências alimentares.
Zoellick disse que a crise
está tão alastrada que o Banco Mundial já forneceu US$
200 milhões para 12 países
nos últimos meses e que outros 31 fizeram pedidos que
somam US$ 400 milhões.
De acordo com o Banco
Mundial, o aumento dos preços de alimentos, do petróleo
e outras commodities, desde
janeiro do ano passado, tem
um impacto negativo entre
3% e 10% do PIB (Produto
Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por uma
nação) em 41 países.
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