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Correios querem que TST considere greve abusiva
Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta foram suspensos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ECT (Empresa de Correios
e Telégrafos) ingressa hoje no
TST (Tribunal Superior do Trabalho) com recurso alegando
que a greve deflagrada por carteiros, atendentes e operadores
na segunda-feira é abusiva e
prejudicial à sociedade.
O recurso ao TST é a segunda
iniciativa dos Correios para enfraquecer a greve. Ontem, no
segundo dia da paralisação, a
empresa determinou o desconto dos dias parados dos funcionários que mantiverem os braços cruzados.
Com apenas dois dias de greve, os efeitos são visíveis. Para
normalizar os serviços em São
Paulo, por exemplo, vai ser necessário meio dia extra de trabalho, tempo que vai aumentar
à medida que a greve continuar.
Em todo o país, o volume diário de correspondências e encomendas é de 30 milhões. Somente na capital paulista e na
região do ABC o movimento é
de 18 milhões de correspondências e encomendas por dia.
Devido à greve, a ECT decidiu suspender a prestação dos
serviços de Sedex Hoje, Sedex
10 e Disque Coleta. As agências
funcionam normalmente.
Parte dos carteiros, atendentes e operadores deflagrou a
greve na segunda-feira alegando o descumprimento pelos
Correios do termo de compromisso assinado em novembro.
Segundo os grevistas, o acordo
estabelecia o pagamento de
adicional de periculosidade de
30% sobre os salários e começou a ser pago em dezembro.
Em junho, o adicional foi substituído por um bônus de atividade de R$ 260.
A diretoria alega que não irá
negociar porque não considera
que há descumprimento do
acordo e que a legislação trabalhista não prevê o pagamento
de adicional de periculosidade
a carteiros e demais empregados. A categoria afirma que o
adicional de periculosidade de
30% sobre os salários era um
acerto prévio e que a substituição pelo adicional de atividade
não soluciona o impasse.
Os números sobre a adesão
dos empregados à greve não são
uniformes. Os Correios informam que até ontem 40% dos 55
mil carteiros paralisaram suas
atividades.
Na Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios e Telégrafos), a indicação era que
80% da área operacional estava
parada, envolvendo empregados distribuídos em 22 Estados.
(LO)
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