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AVALIAÇÃO DE RISCO
Dívida pública ameaça nota máxima dos EUA, diz agência
DA REDAÇÃO
A proposta de Orçamento
do governo Barack Obama
apresentada no começo desta semana "foi um pequeno
passo" na tarefa de reduzir a
dívida pública, mas será preciso muito mais para que o
país mantenha a sua nota
máxima de crédito, afirmou
a agência de avaliação de risco Moody's.
Para a Moody's, se não forem tomadas mais medidas
para reduzir a dívida pública
americana ou o crescimento
da economia não for muito
maior do que se espera, o cenário financeiro projetado
pelo governo vai, em algum
momento da próxima década, colocar "alguma pressão"
sobre a nota AAA (a mais alta) da dívida americana.
Segundo a agência, o governo tomou medidas positivas ao congelar, por três
anos, os gastos com 120 programas, como o que prevê a
volta do homem à Lua, mas
que "claramente a trajetória
da dívida permanece de alta,
a não ser que mais medidas
sejam implementadas".
Na prática, uma queda na
nota significa que o governo
dos EUA vai ter que pagar
mais juros para atrair os investidores a comprar os seus
papéis, que é como ele financia a sua dívida trilionária.
A Casa Branca estima que
a dívida federal no atual ano
fiscal (período de 12 meses
que termina em setembro)
vai representar 63,6% do
PIB, dez pontos percentuais
mais que em 2009. E essa
proporção vai continuar
crescendo nos próximos
anos, passando a 68,6% do
PIB no ano fiscal de 2011.
O avanço da dívida reflete
os gastos do governo para
conter a crise, que devastou o
mercado de trabalho, com
milhões de pessoas perdendo o emprego, o que tem reflexo direto na arrecadação.
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