São Paulo, quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010

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CRISE

UE aprova plano contra deficit grego, mas pede ampla reforma

LUCIANA COELHO
DE GENEBRA

A Comissão Europeia anunciou ontem que manterá vigilância cerrada sobre a Grécia, cuja crise fiscal começa a contaminar a confiança no bloco e já pesa sobre a cotação do euro. O país propôs na terça um pacote extenso de reformas fiscais para conter o problema.
O órgão executivo da UE aprovou o plano, cuja meta é reduzir um deficit orçamentário crescente que beira 13% do PIB para menos de 3% do PIB até 2012. Mas disse que, pela primeira vez, fará monitoramento econômico e orçamentário simultâneos de um país membro.
Entre outras coisas, a comissão quer ver Atenas reduzir a folha de pagamento do funcionalismo público, reformar seu sistema tributário e a previdência social e fornecer estatísticas confiáveis para evitar surpresas como a que detonou a turbulência atual. Os mercados, a princípio, reagiram bem.
"A Grécia adotou um programa ambicioso para corrigir seus desequilíbrios fiscais e reformar sua economia. Isso é do interesse da população grega (...) e de toda a zona do euro", disse o comissário da UE para questões Econômicas e Monetárias, o espanhol Joaquín Almunia.
A crise estourou em outubro, após uma revisão dos dados de 2008 revelar um quadro pior que o previsto.
A UE repreendeu o governo do premiê George Papandreou, contra o qual tomará ações legais, pelas estatísticas pouco confiáveis, e exigiu que o país adote até 15 de maio lei que torne obrigatória a elaboração de relatórios de execução orçamentária.
A crise grega pôs ainda na mira dos investidores e das agências de "rating" Portugal, Irlanda e Espanha, países com deficit acima de 10%.


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