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CRISE
UE aprova plano contra deficit grego, mas pede ampla reforma
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
A Comissão Europeia
anunciou ontem que manterá vigilância cerrada sobre a
Grécia, cuja crise fiscal começa a contaminar a confiança no bloco e já pesa sobre a cotação do euro. O país
propôs na terça um pacote
extenso de reformas fiscais
para conter o problema.
O órgão executivo da UE
aprovou o plano, cuja meta é
reduzir um deficit orçamentário crescente que beira
13% do PIB para menos de
3% do PIB até 2012. Mas disse que, pela primeira vez, fará monitoramento econômico e orçamentário simultâneos de um país membro.
Entre outras coisas, a comissão quer ver Atenas reduzir a folha de pagamento do
funcionalismo público, reformar seu sistema tributário e a previdência social e
fornecer estatísticas confiáveis para evitar surpresas como a que detonou a turbulência atual. Os mercados, a
princípio, reagiram bem.
"A Grécia adotou um programa ambicioso para corrigir seus desequilíbrios fiscais
e reformar sua economia. Isso é do interesse da população grega (...) e de toda a zona
do euro", disse o comissário
da UE para questões Econômicas e Monetárias, o espanhol Joaquín Almunia.
A crise estourou em outubro, após uma revisão dos
dados de 2008 revelar um
quadro pior que o previsto.
A UE repreendeu o governo do premiê George Papandreou, contra o qual tomará
ações legais, pelas estatísticas pouco confiáveis, e exigiu
que o país adote até 15 de
maio lei que torne obrigatória a elaboração de relatórios
de execução orçamentária.
A crise grega pôs ainda na
mira dos investidores e das
agências de "rating" Portugal, Irlanda e Espanha, países com deficit acima de 10%.
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