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Cédulas de real ganham novo formato e desenho
Não será preciso correr aos bancos, pois dinheiro será substituído gradualmente
Notas terão diferentes tamanhos, conforme o valor de face; mais moderno, novo design deve ajudar
a diminuir a falsificação
EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após quase 16 anos de circulação, o real ganhará a partir
deste ano uma nova família de
cédulas, que foram redesenhadas para dificultar a falsificação
e facilitar o reconhecimento
das notas pela população, incluindo os deficientes visuais.
Não será necessário correr aos
bancos para fazer a troca do papel-moeda, pois a substituição
será feita à medida que as cédulas atuais se desgastem.
Com mais itens de segurança, as cédulas serão impressas
em tamanhos variados, de
acordo com o valor. Ou seja, a
nota de R$ 2 será menor que a
de R$ 5, e assim por diante.
As cédulas de R$ 50 e R$ 100,
alvos preferenciais de fraudes,
devem começar a circular já a
partir de maio. Já os outros valores serão liberados ao longo
dos próximos dois anos.
Segundo o ministro Guido
Mantega (Fazenda), a renovação da moeda vem em um momento no qual a atividade econômica em expansão necessita
de mais meio circulante.
Ele afirmou que o novo dinheiro será emitido dentro de
padrões tecnológicos compatíveis com os usados na fabricação das cédulas de euro.
Para a fabricação da nova família, a Casa da Moeda investiu
cerca de R$ 400 milhões nos últimos anos, dos quais R$ 260
milhões foram gastos com a
compra de máquinas de impressão. Assim, a estatal também poderá atender às exigências para a impressão de dinheiro de outros países.
Devido à maior complexidade das cédulas, o custo de emissão deve aumentar até 28%.
Atualmente, gastam-se R$ 168
para cada lote de mil notas impressas. Falsificações, segundo
o governo, causaram prejuízo
de R$ 23,5 milhões em 2009.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que a substituição ajuda na consolidação
do real como moeda de longo
prazo. "Como consequência da
estabilização econômica e da
baixa inflação, o real passa a ser
uma reserva de valor e parte da
população pode optar por mantê-lo em casa.
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