São Paulo, quinta-feira, 04 de fevereiro de 2010

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Cédulas de real ganham novo formato e desenho

Não será preciso correr aos bancos, pois dinheiro será substituído gradualmente

Notas terão diferentes tamanhos, conforme o valor de face; mais moderno, novo design deve ajudar a diminuir a falsificação


EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após quase 16 anos de circulação, o real ganhará a partir deste ano uma nova família de cédulas, que foram redesenhadas para dificultar a falsificação e facilitar o reconhecimento das notas pela população, incluindo os deficientes visuais. Não será necessário correr aos bancos para fazer a troca do papel-moeda, pois a substituição será feita à medida que as cédulas atuais se desgastem.
Com mais itens de segurança, as cédulas serão impressas em tamanhos variados, de acordo com o valor. Ou seja, a nota de R$ 2 será menor que a de R$ 5, e assim por diante.
As cédulas de R$ 50 e R$ 100, alvos preferenciais de fraudes, devem começar a circular já a partir de maio. Já os outros valores serão liberados ao longo dos próximos dois anos.
Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), a renovação da moeda vem em um momento no qual a atividade econômica em expansão necessita de mais meio circulante.
Ele afirmou que o novo dinheiro será emitido dentro de padrões tecnológicos compatíveis com os usados na fabricação das cédulas de euro.
Para a fabricação da nova família, a Casa da Moeda investiu cerca de R$ 400 milhões nos últimos anos, dos quais R$ 260 milhões foram gastos com a compra de máquinas de impressão. Assim, a estatal também poderá atender às exigências para a impressão de dinheiro de outros países.
Devido à maior complexidade das cédulas, o custo de emissão deve aumentar até 28%. Atualmente, gastam-se R$ 168 para cada lote de mil notas impressas. Falsificações, segundo o governo, causaram prejuízo de R$ 23,5 milhões em 2009.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que a substituição ajuda na consolidação do real como moeda de longo prazo. "Como consequência da estabilização econômica e da baixa inflação, o real passa a ser uma reserva de valor e parte da população pode optar por mantê-lo em casa.


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