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ECONOMIA EM XEQUE
Renda baixa, juro e calote em alta e desânimo para investir seguram retomada.
Governo já revê crescimento para baixo
DA REDAÇÃO
Não há por ora sinal de retomada do crescimento da
economia -de crescimento maior que o 1,51% de 2001,
quando a renda per capita do brasileiro estagnou.
Neste ano, dobrou o número de empresas de São Paulo que não pretendem investir. A renda média dos trabalhadores cai desde janeiro de 2001. É hoje 6,3% menor
que no ano passado. As indústrias estão mais ociosas.
Os bancos reservam mais dinheiro para compensar
calotes quase certos -em seis meses, cresceu 12,6% o
volume de créditos podres. As provisões de Itaú e Bradesco para calotes cresceram mais de 30% em relação ao
primeiro trimestre de 2001. Assim, os juros para o consumidor tendem a subir, se alguém tomar empréstimos
-há seis meses, o total de créditos estagnou. O juro real
básico da economia, meta definida pelo BC, está em alta.
O setor público -governos e estatais- economizou
menos que no primeiro trimestre do ano passado e, para
cumprir as metas de superávit fiscal, deve gastar ainda
menos daqui por diante.
Consumo, investimento, gastos dos governos -motores centrais do crescimento no curto prazo- estão em
marcha lenta ou à ré. Juros altos e investidores mais ariscos devido aos riscos que o mercado associa à eleição deprimem ainda mais as expectativas. Mesmo o governo
federal -em geral reserva de otimismo, ainda mais em
ano eleitoral- reviu sua estimativa de crescimento de
2,5% para 2%.
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