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Governo cede para manter votação
DE BUENOS AIRES
O governo argentino foi obrigado a ceder em alguns pontos para
conseguir do Congresso a promessa de que a votação dos projetos exigidos pelo FMI (Fundo
Monetário Internacional) não seja adiada de novo nesta semana.
O novo ministro do Interior,
Jorge Matzkin, disse que já "há
um programa acordado" para alterar a Lei de Subversão Econômica e aprovar a Lei de Falências.
Mas nem todas as exigências do
FMI serão atendidas, como já havia avisado o ministro da Economia, Roberto Lavagna.
O governo aceitou exigências
dos parlamentares para que a Lei
de Subversão Econômica não seja
simplesmente derrubada, mas
flexibilizada. O Congresso exige
que a lei permita a investigação de
banqueiros acusados de vazar recursos do curralzinho.
A Lei de Falências também será
alterada. Os parlamentares querem a inclusão no projeto de uma
cláusula de proteção às empresas
nacionais contra a falência.
O governo concordou ainda em
enviar ao Congresso na forma de
decreto o novo "plano Bonex",
que prevê a devolução de bônus
para os correntistas que possuem
depósitos a prazos fixos nos bancos. Ao optar por um decreto, e
não por um projeto, o presidente
Eduardo Duhalde assume todo o
desgaste da aprovação.
Mesmo sem cumprir todas as
exigências do Fundo, Duhalde
disse no programa de rádio "Conversando com o Presidente" que a
Argentina espera chegar a um
acordo com o FMI e não ficar isolada do mercado internacional.
"Não podemos ser a mosca branca do mundo."
(JS)
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