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"Gatilho" para
ajustar gasolina
vai ser mantido
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro de Minas e Energia,
Francisco Gomide, reafirmou que
o governo não tem intenção de alterar o mecanismo de reajuste da
gasolina adotado pela Petrobras
-repasse para o consumidor, a
cada 15 dias, dos aumentos ou reduções de custo do petróleo no
mercado internacional, quando a
variação em relação à quinzena
anterior superar 5%.
"Não detectei dentro do governo nenhum movimento de revisão dessa postura", disse ele.
Engenheiro e economista com
doutorado em hidrologia nos Estados Unidos, ele trocou a presidência das distribuidoras de energia Escelsa (ES) e Enersul (MS)
pelo ministério.
Críticas
A fórmula de reajuste da Petrobras para a gasolina foi criticada
pelo pré-candidato tucano à Presidência da República, senador
José Serra (SP). A preocupação de
Serra é com o efeito dos reajustes
sobre a inflação e sobre sua campanha.
Hoje, segundo o ministro, não
haveria necessidade de novo reajuste. Neste ano, o preço da gasolina subiu três vezes. Após as críticas de Serra, o presidente da empresa, Francisco Gros, chegou a
admitir que poderia haver alterações.
Para Gomide, o governo deveria
evitar mudar o sistema de reajuste
do preço dos combustíveis segundo as variações no mercado internacional.
"É dramático que as decisões fiquem mudando tão rapidamente.
Se você muda de estratégia a toda
hora, o sinal não é bom [para os
investidores"", afirmou.
O ministro, no entanto, admite
que o fato de a Petrobras praticar
preços de mercado e ser monopolista favorece a empresa.
"Nós temos todo o jogo preparado para que os investidores venham competir com a Petrobras,
mas eles ainda não vieram. Enquanto isso, ela [Petrobras" se beneficia de preços de mercado que
estão muito acima dos seus custos", afirmou.
Segundo ele, foi o Congresso
que decidiu, a partir de uma proposta do governo, que a Petrobras
não seria monopolista e, para isso, permitiu que ela praticasse
preços de mercado.
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