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MERCADOS E SERVIÇOS
Retomada econômica e queda dos juros são fatores que podem impulsionar o lucro das empresas
Setor de papel promete lucros, diz analista
ANA PAULA RAGAZZI
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor de papel e celulose deverá ter um desempenho mais favorável a partir do segundo semestre deste ano, segundo estudo feito para a Folha pela corretora
Coinvalores. Se confirmadas as
condições previstas no trabalho, a
compra de ações das companhias
do setor pode ser uma boa opção,
no longo prazo.
No cenário interno, sustentam a
avaliação feita pela corretora a
perspectiva de retomada da atividade econômica e um possível
processo de redução dos juros
brasileiros, amparado por uma
decisão política em um ano de
eleições presidenciais.
O setor foi duramente atingido
no ano passado, com a baixa nos
preços da celulose e a queda na
demanda por papel. Esses dois fatores forçaram as empresas a reduzir suas produções para impedir que seus estoques ficassem
muito elevados.
De acordo com as projeções da
Coinvalores, a melhor opção do
setor são as ações da Ripasa. O estudo projeta valorização potencial de 48,4% neste ano para os
papéis da companhia.
A Ripasa ocupa a quinta posição entre os maiores produtores
de papéis do país e apresenta situação financeira saudável. A empresa desenvolve um projeto de
expansão de sua capacidade de
produção que deverá elevar sua
rentabilidade. No acumulado
deste ano, porém, as ações da
companhia ainda não ensaiam o
salto estimado pela corretora. Os
papéis preferenciais acumulam
queda de 0,83%, segundo dados
da consultoria Economática.
Outra opção segura e rentável
de investimento, também de longo prazo, é a Votorantim Celulose
e Papel (VCP). Quarta maior produtora de papel do Brasil, a empresa também deverá se beneficiar do reaquecimento da demanda do produto, com o incremento
da economia no Brasil e nos EUA.
A aquisição de 12,3% do capital
total da Aracruz também é fator
positivo para a empresa. Segundo
a analista Tatiane Cristina Cruz
Pereira, da Coinvalores, esse negócio "parece apontar para uma
futura fusão entre as duas companhias", o que criaria um gigante
do setor de celulose.
O estudo aponta um potencial
de valorização de 17% para a empresa neste ano. Até aqui, a ação
PN da VCP tem alta acumulada
de 18,43%. A Aracruz, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, exporta 96%
de sua produção.
A perspectiva de maior estabilidade do dólar deve reduzir a lucratividade da companhia. A
Coinvalores atribui potencial de
alta de 7,8% para a empresa. Neste ano, as ações PNB da companhia já subiram 37,86%.
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