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Países pioneiros são criticados por erro de estratégia
DE LONDRES
A idéia das PPPs no Reino
Unido surgiu e começou a ser
implementada, em 1992, sob a
administração do Partido Conservador, mas se intensificou a
partir de 1997, quando o Partido Trabalhista assumiu o poder. Hoje cerca de 50 países já
implementaram ou estudam a
idéia de adotar as parceiras.
Muitos, como o Brasil agora,
vêm pedir conselhos às consultorias e ao governo britânicos.
Entre os países que já desenvolvem projetos de PPPs estão
Portugal, Alemanha e Holanda. Segundo especialistas, quase todos os países -principalmente os pioneiros- cometeram erros graves no início, que,
dizem eles, devem ser evitados
por novos "adeptos" das PPPs.
No Reino Unido, um dos tropeços foi a tentativa de começar vários projetos em setores
distintos ao mesmo tempo. Segundo analistas, isso levou a
uma confusão no desenho dos
contratos. A Alemanha é criticada por tentar escolher como
primeiro projeto um trem de
levitação magnética. "É um erro grave começar por um projeto muito complicado porque
é difícil avaliar os custos", diz
Stephen Harris, do International Financial Services.
Já Portugal deu os primeiros
passos com as PPPs no setor de
rodovias. Os projetos foram
mal avaliados e acabaram custando muito mais que o previsto. Agora o país parte para um
projeto de vanguarda: vai passar a usar as PPPs na construção e na manutenção de hospitais, e até as enfermeiras e médicos serão empregados pela
empresa privada responsável.
"Isso nunca foi testado. No
Reino Unido, os empregados
de escolas e hospitais construídos sob o esquema das PPPs
são funcionários públicos",
afirma Harris.
Robin Wilson, do Democratic Dialogue, centro de pesquisa na Irlanda do Norte, diz que
a lição mais importante dos
países que já implementaram
parcerias público e privadas é
que "cada projeto é um projeto
e deve ser avaliado cuidadosamente". "Acho, por exemplo,
que é importante que os contratos tenham cláusulas que
permitam que o governo reveja
seus termos, periodicamente."
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