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Embaixada do
Brasil descobriu
grupo em 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
A Embaixada do Brasil em
Pequim "descobriu" os brasileiros que trabalham na indústria de calçados no sul da
China apenas em 2001. Com
receio de que seus ganhos
viessem a ser tributados de
novo no Brasil, muitos deles
preferiam manter-se anônimos e evitavam contato com
as autoridades brasileiras.
A "descoberta" ocorreu
quando Celso Luiz Kiefer foi
renovar seu passaporte em
Pequim. O chefe do serviço
consular na época, Renato
Amorim, interessou-se pela
história de Kiefer, que lhe informou da existência de dezenas de outros brasileiros
que, como ele, trabalhavam
no setor de calçados local.
A embaixada começou um
processo de aproximação
com o grupo. O objetivo era
fazer o registro de todos, para efeito estatístico e de assistência. Esse procedimento
permitiria que a embaixada
os localizasse caso houvesse
necessidade. Além disso, o
serviço consular poderia
emitir documento comprovando sua residência no exterior por mais de um ano, o
que dá imunidade tributária
no retorno ao Brasil.
O primeiro passo foi uma
missão itinerante do consulado a Dongguan, que está a
2.500 quilômetros de Pequim. Quase ninguém se registrou. Alguns meses depois, outra missão foi realizada, com mais sucesso.
Nas eleições de 2002, a embaixada montou na empresa Paramont, em Dongguan, a
única seção eleitoral no exterior fora de uma dependência do Itamaraty. Amorim
presidiu a eleição e esteve em
Dongguan cerca de cinco vezes desde 2001.
(CT)
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